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Encenação confirmada

Por: Claudio Prisco Paraíso

23/09/2025 - 06:09 - Atualizada em: 23/09/2025 - 10:14

Na última quarta-feira à noite, o PL e os partidos de centro, aqueles mais alinhados a Jair Bolsonaro, comemoraram uma vitória que tinha tudo para ser retumbante. Só que, curioso, parlamentares de esquerda também votaram a favor do pedido de urgência da anistia — uma dúzia deles filiados ao PT.
Aí, a mídia velhaca, servil e vendida, noticiou que o presidente Lula ficou descontente com esses correligionários. Todo aquele teatro em torno do qual já temos falado, que tudo não passaria de um espetáculo circense, se confirmou.

Sim, porque logo na sequência, Hugo Motta, presidente da Câmara, participou virtualmente de uma reunião com ministros do Supremo: Gilmar Mendes, o decano; e Alexandre de Moraes, o relator de todos os inquéritos que tramitam de forma irregular, ilegal e inconstitucional no STF.

 

Trio

Esses três participaram de uma conversa virtual com outros três presentes: Michel Temer, ex-presidente da República, que indicou Alexandre de Moraes ao Supremo porque era seu ministro da Justiça; Aécio Neves, que ressurgiu das cinzas, mais sujo do que pau de galinheiro — basta dar uma olhada na delação de Wesley Batista, da JBS, que também alcançou Michel Temer; e, por fim, o relator indicado pelo próprio Hugo Motta, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical.

 

Ficheiro

Paulinho, alguns anos atrás, foi condenado a 10 anos pela primeira turma do Supremo, mas acabou inocentado pelo plenário das supremas togas.
Dessa reunião, sui generis, não havia ninguém da oposição, do PL. Zero. Resumindo: o que se pôde depreender é que não se reuniram mais para tratar da PEC da anistia, mas da PEC da dosimetria.

 

Doses

Ou seja, não se falava mais em perdão, mas em redução de pena. Para Jair Bolsonaro, prisão domiciliar, ao invés de regime fechado na Papuda.
Agora é observar, durante a semana, como vão se comportar as lideranças de oposição.

 

Mergulho

No fim de semana elas desapareceram, não deram o ar da graça. O que se observa é que, na verdade, foi uma jogada para embretar os correligionários, os aliados de Jair Bolsonaro, porque agora é projeto direto em plenário: não tem discussão nas comissões técnicas, nada.

 

Tiro no pé

O regime de urgência, que era supostamente para favorecer a anistia, na verdade é para prejudicar. É um acordão feito entre Hugo Motta, Supremo e Michel Temer. Quando se fala em Supremo, se fala em Planalto. É a mesma coisa.

 

Puxadinho

Planalto hoje é uma edícula, um puxadinho do Supremo, e a oposição, ausente. A anistia foi pro espaço. O que virá agora é a redução de pena e assunto liquidado, com a concordância do Supremo e, consequentemente, do Planalto.
Vejam só que situação, vejam só onde os brasileiros estão metidos.

Holofotes

Agora, paralelamente a isso, a semana se inicia com o senhor Lula da Silva tendo embarcado domingo para Austin, onde participará da abertura da Assembleia da ONU nesta terça-feira. Como se sabe, em homenagem a Oswaldo Aranha, o brasileiro, o presidente de plantão é sempre o primeiro a discursar.

Expectativa

A deidade vermelha terá os holofotes diante do mundo, só que o segundo a falar — e que fica com a palavra final — é o presidente americano, no caso Donald Trump. Vamos observar como vai se comportar Lula da Silva, que vem insultando, provocando e desafiando o norte-americano, diferentemente dos ditadores da China, da Índia, do Irã, da Coreia do Norte, da Rússia e até da África do Sul, para fecharmos aí os BRICS.

De fora

Na quarta-feira, em um movimento criado pelo Brasil, pela Espanha e por outros países, nações democráticas foram convidadas para um encontro. Nesse ano, os Estados Unidos ficaram de fora. Mais uma estocada de Lula da Silva em Donald Trump.
Está tudo à luz do dia: a intenção do vermelho de desfraldar essa bandeira da soberania.

Perfil

Estamos falando de um baita incompetente, além de corrupto e ladrão, senil igualmente, mas que vislumbra nessa caminhada “soberana” a única chance de ganhar a eleição. O colunista, no entanto, aposta que o petista não vai ganhar, porque sequer vai disputá-la.

Nome forte

A bola da vez é Tarcísio de Freitas. E aí é terra arrasada para o PT, para o governo e para a esquerda. Mas, retomando: Trump só está observando o cenário e, depois de Lula, fará o seu discurso.

Contraofensiva

Também o secretário de Estado, Marco Rubio, prometeu para esta semana novas ofensivas dos Estados Unidos contra tudo o que vem fazendo o consórcio Supremo-Planalto.
Os americanos prometem novas sanções, que vão ocorrer justamente com a presença de Lula da Silva nos Estados Unidos.

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