Contra fatos não pode haver discussões. Fatos são fatos, temos que tratá-los como lições, afinal, sempre há uma mensagem, velada ou não, nos fatos do nosso dia a dia. Estava deixando passar um fato especial, educativo, motivador, a envolver um jovem brasileiro, João Fonseca, 19 anos, tenista. Esse guri, dia destes, enfrentou um tenista sérvio, Miomir Kecmanovic, ao início do US Open de Tênis, jogo realizado em Nova Iorque. Durante esse jogo, João Fonseca caiu na quadra, um mal-estar que o levou a vomitar quase até as tripas. Depois do jogo ele contou que tudo foi uma exaustão psicofísica, tamanho era o envolvimento dele no jogo. Quando soube desse fato, lembrei-me do jamaicano Usain Bolt, campeão olímpico e mundial nos 100 metros rasos várias vezes. De uma feita, numa entrevista, Usain contou que ninguém jamais o vira nas tantas vezes em que ele teve que parar um treinamento para vomitar, tamanho o esforço que ele estava fazendo. Coisa típica de quem joga “sozinho”, de quem se envolve às entranhas. Jamais você vai ver coisa parecida no futebol, esporte coletivo. No futebol a vitória ou a derrota não é de ninguém de modo particular, é de todos no coletivo. Sendo assim, por que o Pedro ou o Paulo iria à exaustão para ganhar o jogo? Agora, quando algo é coisa nossa, só nossa, fica impossível transferir a derrota ou dividi-la. Já quem vence sozinho vence com garra e merece respeito. Contar com o papai, com a ajudinha do chefe, do professor ou de uma safada autoridade não é vitória, é mutreta. A história dos grandes vencedores na vida são histórias repetidas, não muito percebidas por nós como vitórias “solitárias”. Vitórias que vieram de um sonho, de uma determinação, de um plano, da execução desse plano e de repetidos tombos educativos. Antes das consagrações em vitórias, sejam vitórias no que for, houve os inevitáveis tropeços. Repito, quando as buscas são coletivas os esforços são menores. Mas fique claro: todos nós temos uma mina de ouro dentro de nós, ouro de tipos diferentes, mas “ouros”. Quando lutamos sozinhos, essa “mina” fica mais estimulante de ser cavada… O suor é maior, o cansaço pode nos exaurir, mas o coração da paixão vai nos levar à resistência que conduz à vitória. Sozinhos é bem melhor. O sabor é melhor.
FLORES
Nós vemos isso quase todos os dias, alguém “arrancando” uma flor. Por quê? – Ah, porque pessoa achou a flor bonita, quis arrancá-la. Com as mulheres acontece parecido. Quando a mulher é bonita e competente, ou só competente, há muita gente querendo “arrancá-la” da posição em que ela se encontra, uma boa posição. É regra da sociedade e, pior de tudo, as mulheres silenciam diante dessa discriminação odiosa, gerada pela inveja, muitas vezes entre elas mesmas…
DESPREZO
Não existe nada mais azedo que os repugnantes condicionamentos por que passam as crianças, por estulta maioria. As crianças são “condicionadas” por pais desrespeitosos a seguir, desde cedo, determinada religião… Junto a isso o condicionamento esportivo, claro, torcer pelo mesmo time do pai… E junto a esse desrespeito todo, a falta de pudor para condicionar os jovens a este ou aquele lado político. Dá nisso que anda por aí. Pobres jovens. Futuro zero.
FALTA DIZER
Quase 22h30. Vou encerrar meu “expediente”, mas… Decido fazer umas palavras cruzadas antes de dormir. Foi um tiro no pé. A primeira proposta das cruzadas era de três letras: – Induziu Adão ao pecado… Tenho vontade de sair quebrando tudo quando ouço essa estupidez machista, inventada.