A Prefeitura de Florianópolis iniciou um novo modelo de internação involuntária para pessoas em situação de rua na cidade. Por meio da compra de vagas em clínicas particulares de todo o país, o objetivo é ampliar o número de internações e garantir um tratamento de, no mínimo, 90 dias.
“Antes, ficávamos limitados a clínicas de nossa região e, muitas vezes, essas pessoas não conseguem fazer o tratamento completo para se livrar do vício. Agora, queremos ganhar escala. Estamos indo até aonde a lei nos permite”, explica o Prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.
Nas redes sociais, o Prefeito divulgou um vídeo de uma pessoa em situação de rua que foi abandonada pela família com apenas 11 anos e hoje, aos 23, estava vivendo na rua e com problemas psicológicos por conta do vício. Já foi abordada diversas vezes e não aceitava acolhimento. Ela foi encaminhada a uma clínica na noite de sexta-feira (19).
Como funcionam as internações
A internação involuntária é um ato médico, que identifica aquelas pessoas que não têm condições de se ajudarem sozinhas. É utilizada naqueles casos em que as pessoas não aceitam as abordagens da equipe de assistência social e outros acolhimentos oferecidos pelo município.
O ambulatório PSR na passarela da cidadania é um dos locais de apoio no encaminhamento das internações.
“Todos os dias temos equipes nas ruas para identificar quem precisa de ajuda e quer mudar de vida, quem é bandido, e vai pra prisão e quem precisa ser internado”, finaliza o Prefeito.
Em 2025, a prefeitura já emitiu passagens para mais de 400 pessoas em situação de rua retornarem às suas cidades de origem, após contato com a assistência social dos municípios.