A morte de incontáveis peixes em rio de nossa cidade, causada por contaminação industrial, é um choque que transcende a mera manchete ambiental. É um grito de alerta para toda a sociedade. Em tempos em que se fala em desenvolvimento sustentável e em transição para uma economia verde, assistir a um crime dessa natureza é inaceitável. Em essência, é um atentado contra a vida, contra a coletividade e contra as futuras gerações que herdarão os nossos rios, florestas e cidades. Será que os envolvidos tem tal consciência?
Logicamente, as autoridades apuram responsabilidades e as empresas envolvidas devem arcar com custos de mais de R$ 2 milhões. Que paguem, e que haja consequências exemplares, com transparência e punição real, para que compreendam que degradar o meio ambiente não é um custo do negócio e sim um crime que desrespeita a comunidade.
Por isso, o verdadeiro compromisso deve ser com mudanças profundas na forma de produzir e fiscalizar.
Jaraguá do Sul, conhecida por sua força industrial, não pode conviver com práticas que tratam o rio como depósito de resíduos. É urgente exigir planos de contingência, cobrar ações imediatas de despoluição e garantir que episódios como este não se repitam.
Preservar o meio ambiente não é retórica de campanha ou discurso de ocasião: é questão de sobrevivência coletiva. A indignação de hoje precisa transformar-se em pressão cidadã permanente.