Jaraguá do Sul realiza, de 18 a 25 de setembro, a programação da Semana Nacional do Trânsito com uma campanha de forte impacto visual e educativo.
A ação, promovida pela Prefeitura, por meio da Diretoria de Trânsito e Transporte da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, em parceria com o movimento voluntário Marcha do Silêncio, busca conscientizar a população sobre os riscos da imprudência ao volante.
Um dos dados que mais preocupam as autoridades locais é o número de cirurgias ortopédicas causadas por acidentes de trânsito.
Em 2024, foram registradas aproximadamente 5.800 cirurgias de emergência na cidade, sendo que 3.990 (74%) foram de natureza ortopédica. Destas, cerca de 2.550, ou 65%, estão diretamente relacionadas a sinistros viários — o que representa uma média de sete cirurgias por dia causadas por acidentes nas ruas e rodovias do município.
“É um número alarmante. Muitos desses casos resultam em sequelas irreversíveis, como paraplegia, ou até mesmo em mortes. Famílias inteiras ficam marcadas para sempre. Precisamos que as pessoas entendam que o veículo, em mãos erradas, pode se tornar uma arma”, alertou o diretor de Trânsito e Transporte, Gilmar Marietto.
População precisa assumir responsabilidade, diz diretor
Para Gilmar Marietto, a responsabilidade pela segurança viária precisa ser compartilhada entre poder público e cidadãos. “O município já realiza toda a parte de sinalização, manutenção e fiscalização. Mas isso não é suficiente se o condutor continuar agindo com imprudência”, afirmou.
Ele destaca que a maior parte dos acidentes está relacionada a comportamentos evitáveis, como o uso de celular ao volante, excesso de velocidade e consumo de álcool. “Enquanto acharmos que só o poder público tem que resolver, os números não vão mudar. A população precisa assumir sua parte”, reforçou.
Além do impacto humano, o custo financeiro também é elevado. Embora parte dos atendimentos seja coberta pelo SUS, a Prefeitura complementa os valores, destinando recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas.
“Os hospitais estão lotados, muitas famílias ficaram sequeladas e outras perderam entes queridos. Por isso, o pedido é claro: que cada cidadão faça sua parte e redobre a atenção. Tudo na vida pode esperar, menos a própria vida”, concluiu o diretor.