A rede municipal de ensino de Florianópolis vem inovando na forma de ensinar Libras. Na Escola do Futuro Tapera, com o objetivo de tornar a aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais mais acessível, lúdica e significativa, as professoras Michele Dias, de Libras, e Thais Henn, de Tecnologia, desenvolveram um material didático inédito e personalizado.
As profissionais estão criando uma apostila lúdica, colorida, atrativa e personalizada, que utiliza rostos e mãos dos estudantes, fortalecendo a autoestima das crianças e valorizando as expressões faciais, aspecto essencial da Libras. O recurso vai além dos já existentes, dando ênfase a inclusão e reafirmando a identidade linguística local.
“Queremos que os estudantes aprendam Libras de forma prazerosa, construindo um material que é deles, com identidade própria”, destaca a professora Michele.
Conforme a professora Thais, os materiais produzidos são diferenciados porque não vêm prontos da internet. “Eles são construídos com a participação das crianças, e isso faz toda a diferença no interesse e no aprendizado”, acrescenta.

Foto: Divulgação/PMF
A ideia nasceu a partir da vivência em sala de aula e da constatação da professora Michele sobre a escassez de materiais impressos que contemplassem, de fato, as especificidades linguísticas e visuais da Libras. Muitos dos recursos disponíveis atualmente não levam em conta essas particularidades ou apresentam sinais de outros estados, o que dificulta o processo de aprendizagem dos estudantes.
A diretora da Escola do Futuro Tapera ressalta que a apostila foi desenvolvida dentro do Projeto Libras Mídias, que ensina Libras de forma inovadora, democrática e acessível. “Ao mesmo tempo, promove o protagonismo dos estudantes e prepara a escola para acolher, estudantes surdos em um ambiente verdadeiramente inclusivo e comprometido com a multiplicidade”, frisa Melize Daniel.

Foto: Divulgação/PMF
A apostila terá uma versão impressa e outra online, para ser baixada gratuitamente. “Pretendemos finalizar a apostila até o final deste ano letivo”, informa a diretora Melize Daniel.