Parei, pensei, mas… Não desisti, acho que vale a pena trocarmos idéias, mesmo que sejam idéias alicerçadas sobre uma obviedade constrangedora, mas… É aquela coisa, muitos de nós deixamos passar boas oportunidades na vida, ou porque andamos muitos “ocupados” ou porque achamos que é bobagem. Vamos lá. O marido fala e a mulher só escuta, não fala… O empresário fala e o empregado só ouve, não abre a boca… O filho do ricaço faz o que quer no colégio e não é punido. O pobre é. O político sob ao palanque mente o tempo todo e não é contestado pelo “povo”… Por que essas omissões silenciosas? Por insegurança das pessoas? Por não terem o que dizer, contestar ou melhorar a fala alheia? Um silêncio de subjugação, mas… Isso pode acabar e acabar de modo robusto, assertivo e não raro fazendo os até então faladores repensar suas falas ou mesmo calar a boca. Qual é o segredo para essa mudança? Investir em conhecimentos, buscar saber mais sobre questões que nos cercam no cotidiano, questões sociais de todos nós. Dez minutos de leitura por dia, de modo incondicional, vão produzir uma soma de conhecimentos que abastecerá uma língua mais solta e conteúdos para não serem silenciados. Quem não pode? As pessoas que nos lêem todos os dias aqui no jornal não engolem sapos sem mais nem menos. São pessoas que têm o que dizer, que sabem o que acontece aqui, ali e acolá. Se todos os dias nos envolvermos em saber mais do nosso trabalho, das questões mais imediatas do nosso dia a dia, ninguém nos vai silenciar por prepotência, ah, não vai. Todos os dias, sem desculpas, uma leitura de 10 minutos vai produzir magias na cabeça dos que até agora são silenciados por maridos, chefes, “autoridades”, prepotentes, enfim, de todos os tipos. Um jovem pobre que leia todos os dias por 10 minutos, ou ouse ler por 20 minutos, ah, não mais vai ser calado por um bestalhão filho deste ou daquele prepotente ali da esquina. Uma cabeça rica, que depende só de nós, provoca silenciosos temores e incontestáveis respeitos. E aquela conversa na cozinha não mais vai ser unilateral, ela ou ele vai ter o que dizer. E isso provoca respeito.
ELA
Ela mesma se dizia uma estonteada na vida, algo que é muito mais comum do que alguns “ingênuos” pensam… Falo da Ângela Ro Ro, cantora, falecida semana passada. Tinha 75 anos, vivia muito doente e solitária, não poupara para a velhice, sobrevivia pela ajuda caridosa de um ou dois amigos. Mais uma lição para milhões de brasileiros que vivem num descuido que lhes vai custar caro. Não será por falta de avisos nem de exemplos.
REPETIÇÕES
Já fiquei rouco de falar nos meus comentários de rádio por toda Santa Catarina que essa hipocrisia não pode continuar. A hipocrisia está resumida nesta manchete, manchete de um crime: – “Por se tratar de ocorrência envolvendo menores de 18 anos, Polícia Civil não revela nomes nem imagens dos adolescentes envolvidos”. Claro que a culpa não é da PC, a culpa é dos safados que criaram a lei. Bandidos menores de idade têm que ser “pegados”, sem dó nem falsa piedade, nomes revelados. Já.
FALTA DIZER
Aprendi que perguntar não faz mal… Então, será que algum marido ou alguma esposa permitiria que ela ou ele colocasse na parede da sala da família a foto do vizinho ou da vizinha? Divórcio? Vale o mesmo para bandeiras estrangeiras “latrínicas” aqui no Brasil. Ué, gente!