Aos 25 anos, Isabella Forte estreou no cenário do fisiculturismo competitivo com uma performance surpreendente. Participando pela primeira vez de um evento oficial, a jaraguaense garantiu dois troféus no Sardinha Classic, o maior campeonato amador do Brasil, realizado em Balneário Camboriú.
Competindo na categoria Figure, uma divisão feminina que busca equilibrar muscularidade, simetria e feminilidade, a atleta conquistou um primeiro lugar na subcategoria Estreantes e a segunda colocação na Open.
“Foi o momento mais especial da minha vida. Sempre sonhei em ser atleta e venho me preparando há três anos com meu coach, Heidrich Fragnani, com foco total no fisiculturismo. Nunca tive pressa, mas sempre tive objetivo. Esse resultado foi a prova de que todo esforço valeu a pena e só aumentou minha motivação para continuar competindo”, destacou.
Isabella durante a apresentação | Foto: Arquivo pessoal
Isabella agora segue preparação para o próximo desafio, que será o Campeonato Sul-Brasileiro, no dia 22 de novembro, novamente em Balneário Camboriú. Mas não para por aí. A primeira conquista e a dedicação motivam a fisiculturista a alcançar voos ainda maiores.
“Meu maior sonho é conquistar o Pro Card para poder competir em palcos internacionais e ter a chance de apresentar um show completo — físico, apresentação e presença de palco”, disse.
Do bullying à superação
O que começou como uma tentativa de escapar das marcas deixadas pelo bullying se transformou em um caminho de autoconhecimento, força e superação. Essa é a história de Isabella Forte, que iniciou na musculação aos 13 anos como resposta aos traumas vividos na infância e adolescência.
“Na época, acreditava que mudar o meu corpo resolveria meus problemas. Mas, com o tempo, entendi que o verdadeiro motivo que me faria continuar seria muito maior: construir confiança, resiliência e autonomia”, contou.
Foi somente em 2019 que ela voltou à academia com disciplina e propósito. “Passei a enxergar a academia como um espaço de fortalecimento físico e mental, onde cada treino me fazia sair mais forte do que entrei”, afirmou.
O esforço trouxe não apenas evolução corporal, mas um verdadeiro processo de transformação interna. A musculação virou ferramenta de cura, e o fisiculturismo tornou-se o meio pelo qual ela se desenvolveu nos últimos anos até iniciar uma trajetória de sucesso no esporte.