A massarandubense Tânia Zapelline, de 60 anos, morreu nesta quinta-feira (4) após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela estava internada há alguns dias, mas não resistiu às complicações.
Tânia ficou conhecida nacionalmente após ser denunciada pela morte do marido, o coronel da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), Silvio Gomes Ribeiro, assassinado em maio de 2019, dentro da residência do casal, em Florianópolis.
Segundo a investigação, o oficial foi atacado com um haltere de academia, que causou traumatismo cranioencefálico, e também sofreu golpes de faca no punho e no pescoço.
O caso passou por diferentes etapas na Justiça. Tânia foi inicialmente absolvida em júri popular, em 2021. No entanto, essa decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em agosto de 2022, e um novo julgamento, realizado em outubro de 2023, resultou na condenação a oito anos de prisão por homicídio qualificado.
A defesa, conduzida pelo advogado Cláudio Dalledone, alegou legítima defesa, sustentando que a ré teria tentado impedir uma tentativa de suicídio do marido e acabou sendo ameaçada por ele durante a situação.
No entanto, em decisão tomada no dia 23 de outubro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) restabeleceu a sentença do primeiro júri, que havia absolvido Tânia. Com isso, a condenação foi derrubada e ela voltou a ser considerada inocente. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que ainda não foi intimado oficialmente da decisão e avaliará se cabe recurso.
Silvio Gomes Ribeiro tinha 54 anos, era pai de cinco filhos e encerrou a carreira militar em 2014, quando chefiava o 21º Batalhão da PMSC, no Norte da Ilha. Foram mais de três décadas dedicadas à corporação.
Atualização: Esta reportagem foi atualizada para incluir a decisão do STF, que absolveu Tânia Zapelline ao restabelecer a sentença do primeiro júri.