A Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul aprovou moção de autoria do vereador Charles Salvador (PSDB), esta semana, solicitando a municipalização do trecho da BR-280 entre os bairros Água Verde e Nereu Ramos. O documento será encaminhado ao Ministério dos Transportes, ao DNIT e à Prefeitura. O parlamentar acredita que a municipalização permitiria ao Município executar melhorias como a instalação de faixas de pedestres, ciclovias, redutores de velocidade e outros dispositivos de segurança viária. Também facilitaria o planejamento urbano integrado com os bairros impactados.
Durante a defesa da proposta, Salvador lembrou que o tema já é antigo e vem sendo discutido em diversas legislaturas. Ele recordou que em 2018, quando assumiu interinamente o mandato de vereador, trouxe a questão como uma de suas primeiras pautas. Para Charles, o trecho é uma das principais entradas da cidade e precisa urgentemente de melhorias. Segundo ele, a municipalização permitirá que o próprio governo municipal faça investimentos, traga mais segurança e incentive a instalação de comércios e serviços ao longo da via. “Hoje dependemos do DNIT e isso torna as soluções muito lentas. Queremos ciclovias, redutores de velocidade e benfeitorias que só serão possíveis com a autonomia do município”, afirmou.
A vereadora Sirley Schappo (Novo) destacou a gravidade do problema e citou exemplos das dificuldades enfrentadas pela comunidade. Ela relembrou que já apresentou moções semelhantes em legislaturas anteriores e que a região acumula tragédias. Já o vereador Osmair Gadotti (MDB) reforçou a dificuldade de diálogo com o DNIT. Ele contou que reuniões já foram feitas com representantes do órgão, mas que as respostas nunca foram efetivas.
Na mesma linha, o vereador Cani (PL) ressaltou que a pauta é recorrente e cobrada há décadas, especialmente no trecho que liga Jaraguá do Sul a Corupá. Ele disse que desde fevereiro apresentou moção ao DNIT pedindo a construção de acostamentos, mas até agora não recebeu resposta.
Com aprovação unânime, a Câmara reforçou o pedido para que a gestão do trecho passe ao Município, em busca de soluções mais rápidas para a mobilidade e a segurança dos moradores.