Em vez de um voto técnico, fez um discurso de ativismo político, mandando recados: não apenas a Donald Trump, afirmando que “o Brasil não aceita interferência estrangeira”, mas também a Tarcísio de Freitas, que defende pacificação a partir da anistia.
Eu sou a lei
Alexandre de Moraes deixou claro que, segundo ele, aquilo que considera “impunidade” não pode ser usado como instrumento para acalmar o país. Ministros da própria Suprema Corte perceberam o deslize, já que o julgamento foi politizado às claras — algo que ele próprio sempre negou.
Trio
O veredito já estava escrito: afastar Bolsonaro da vida pública. E como acreditar em um julgamento onde os ministros se revelam magistrados engajados? Na segunda turma, dos cinco integrantes, a decisão ficará praticamente nas mãos de três: Cristiano Zanin, advogado de Lula por anos, hoje presidente da turma; Flávio Dino, ex-PCdoB, ministro da Justiça de Lula, notório desafeto de Bolsonaro; Alexandre de Moraes, que já se pronunciou contra Bolsonaro e, portanto, seria suspeito em qualquer país sério. Os outros nomes, Cármen Lúcia e Luiz Fux, igualmente nomeados por governos petistas, também compõem o cenário.
Lulista
Zanin foi advogado de Lula quando este foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Lula ficou preso 580 dias em Curitiba, só sendo libertado e “descondenado” por decisão do STF — contrariando nove magistrados diferentes que haviam confirmado sua culpa.
Comunista
Flávio Dino, ex-PCdoB, duas vezes governador, eleito senador em 2022, virou ministro da Justiça de Lula e depois foi guindado ao Supremo. Sempre foi opositor ferrenho de Bolsonaro.
Lista
E Alexandre de Moraes completa o trio: secretário de Segurança de Geraldo Alckmin (hoje vice-presidente), ministro da Justiça de Temer, e hoje o rosto da perseguição contra Bolsonaro.
Inacreditável
No exterior, observadores chegam a imaginar que isso é uma piada — que tamanha arbitrariedade não poderia estar acontecendo em um país que se diz Estado Democrático de Direito. Mas aqui, a realidade é outra: a democracia foi violentada, a liberdade está sequestrada, e a própria liberdade de expressão está sentada no banco dos réus.