Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nesta quarta-feira (27), o deputado Mário Motta (PSD) abordou a situação do Parque Professor João Davi Ferreira Lima, também conhecido como Parque Ecológico do Córrego Grande, em Florianópolis. O parlamentar destacou a importância do espaço para a capital e defendeu a cessão definitiva da área ao Município.
Motta alertou que a cessão de uso provisória do terreno, concedida pelo Governo Federal em 2020, expirou no dia 22 de junho de 2025. Ele reivindicou a transferência definitiva da área ao Governo Municipal, medida que considera essencial para evitar especulações sobre a venda do terreno, como ocorreu no passado, quando um abaixo-assinado com mais de 50 mil assinaturas defendeu a preservação do parque.
O parque, criado em 1992, ocupa 21,3 hectares na região central de Florianópolis, com 213 mil metros quadrados de mata preservada, fauna nativa e trilhas.
Segundo o deputado, o local serve como refúgio natural, oferecendo lazer e bem-estar à comunidade, além de contribuir para a qualidade do ar e a regulação do clima. O espaço abriga espécies ameaçadas e mantém iniciativas como a compostagem comunitária, que transforma resíduos orgânicos em adubo.
O parlamentar enfatizou o papel educacional do parque, administrado pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram). Relatórios do órgão indicam que, em um único ano, mais de 14 mil estudantes das redes municipal e estadual participaram de atividades de educação ambiental no local.
“Protocolamos uma Moção de Apelo, aprovada por unanimidade na Alesc, para que o Ministério do Meio Ambiente oficialize essa transferência. Atualmente, a Prefeitura de Florianópolis já está com negociação em aberto. Essa medida vai proporcionar segurança jurídica para investimentos, manutenção e proteção do parque para futuras gerações”, salienta o deputado Mário Motta.
Motta finalizou o discurso reforçando o apelo ao Governo Federal para que atenda à demanda da população de Florianópolis e garanta a preservação da área, descrita como um símbolo natural da cidade. “Quero frisar que o que está em jogo aqui, não é uma mera formalidade burocrática. A comunidade aguarda, com grande expectativa, essa decisão que pacificará de vez o futuro do nosso parque”, arremata.