A Assembleia Legislativa de Santa Catarina começou a discutir nesta semana o Programa de Saneamento Catarinense, projeto apresentado pelos deputados Napoleão Bernardes, Matheus Cadorin e Rodrigo Minotto. A proposta busca descentralizar a gestão, permitir consórcios entre municípios, estimular a participação privada e, ao mesmo tempo, garantir autonomia às cidades.
Durante a sessão desta terça-feira, o deputado Antídio Lunelli destacou a urgência do tema e apresentou exemplos de gestão bem-sucedida. “Hoje, apenas 34,8% do esgoto catarinense é tratado. Isso significa que sete em cada dez litros vão direto para os rios e para o meio ambiente. É um número que envergonha um estado que se orgulha de sua força econômica, de seu turismo e da qualidade de vida da sua gente”, afirmou.
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Lunelli citou o caso de Jaraguá do Sul, onde foi prefeito, e a cidade alcançou 90% de tratamento do esgoto, superando a média nacional. Segundo ele, o resultado veio de planejamento, investimento e seriedade na gestão, refletindo em mais saúde, rios limpos, valorização imobiliária e qualidade de vida.
O deputado ainda ressaltou os impactos do saneamento na saúde pública. “Só em 2024, a falta de saneamento no Brasil foi responsável por mais de 340 mil internações e cerca de 11.500 mortes. São milhares de famílias que perderam entes queridos por uma causa que poderia ter sido evitada”, disse.
Para Lunelli, investir em saneamento é uma prioridade que deve unir todos os parlamentares. “Saneamento não é gasto, é investimento. É obra invisível, mas salva vidas. Não há desenvolvimento sem saneamento, não há saúde sem saneamento, não há futuro sem saneamento”, concluiu.