O anúncio do pacote de R$ 435 milhões pelo governo de Santa Catarina para apoiar empresas impactadas pelo tarifaço americano representa uma ação emergencial para mitigar riscos econômicos de curto e médio prazo. A medida chega em um momento de tensão para setores exportadores, que enfrentam custos adicionais e perda de competitividade nos mercados internacionais. Ao oferecer crédito, subsídios e mecanismos de fomento, o programa busca preservar o fluxo de caixa das empresas, evitando cortes de produção, demissões e retração de investimentos.
Do ponto de vista macroeconômico, a iniciativa pode funcionar como um colchão contra impactos negativos na balança comercial estadual, já que as exportações representam parcela relevante do PIB catarinense. Ao manter o nível de atividade das empresas, há efeito positivo indireto sobre cadeias produtivas, fornecedores e prestadores de serviços ligados aos segmentos atingidos. Também se reduz o risco de desaceleração da arrecadação tributária, elemento crucial para a sustentabilidade fiscal em momentos de instabilidade externa.
No entanto, o desafio está em garantir que os recursos sejam direcionados de forma estratégica, priorizando negócios com potencial de adaptação e diversificação de mercados. A curto e médio prazo, será fundamental que empresas beneficiadas invistam em inovação, aumento de produtividade e abertura de novos canais e parcerias comerciais. Portanto, o pacote de R$ 435 milhões não pode ser entendido só como socorro financeiro, mas como oportunidade para reforçar a resiliência, a criatividade e a competitividade da economia catarinense frente às oscilações do comércio internacional.