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Após revisão contábil, prejuízo de R$ 53,4 milhões da Embraer vira lucro de R$ 675 milhões

Foto: Antonio Milena/Arquivo Agência Brasil

Por: Pedro Leal

07/08/2025 - 17:08

A fabricante de aviões Embraer informou através de fato relevante que “um erro contábil” na divulgação do seu balanço do segundo trimestre, o prejuízo ajustado de R$ 53,4 milhões reportado inicialmente, seria na verdade um lucro de R$ 675 milhões.

As ações da empresa sobem 1,2% na B3.

As informações são do jornal O Globo.

O erro na ordem de R$ 728,4 milhões seria devido a uma correção do valor reportado na linha Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos, o que impactou no valor reportado na linha Lucro (prejuízo) Líquido Ajustado.

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A linha do balanço trata de impostos que já foram lançados na contabilidade, mas ainda não foram pagos.

Segundo a companhia, a distorção seria pois a empresa usa como moeda funcional o dólar, pois suas receitas são majoritariamente em moeda estrangeira – os resultados, no entanto, são reportados em reais. Isso exige conversões cambiais que podem gerar variações contábeis.

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“A companhia reforça seu compromisso com a transparência e a qualidade das informações prestadas ao mercado”, diz o texto.

A receita líquida da Embraer no trimestre foi de R$ 10,3 bilhões, um recorde histórico para o período.

A empresa manteve as projeções para o ano, com receita estimada entre US$ 7 bilhões e 7,5 bilhões.

Entre abril e junho, a fabricante entregou 61 aeronaves, alta de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em conjunto, a carteira de pedidos bateu em US$ 29,7 bilhões, a maior de sua história.

Embraer ficou livre do adicional de 40% em tarifas anunciado por Donald Trump na semana passada, o que elevará a taxa cobrada de produtos brasileiros para 50% a partir desta quarta-feira.

A empresa, no entanto, já sente os efeitos da alíquota mínima de 10% imposta pelos EUA ao Brasil, em abril.

A empresa, porém, está empenhada na busca pela tarifa zero e já acena com investimentos de US$ 500 milhões em cinco anos nos EUA.

Os recursos seriam aplicados para montar o KC-390 no país, caso o avião seja escolhido pela Força Aérea americana.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).