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Entre Brasília e Washington: os reflexos para a economia jaraguaense

Por: Editorial

01/08/2025 - 06:08 - Atualizada em: 31/07/2025 - 16:34

A Secretaria da Fazenda de Jaraguá do Sul acompanha com atenção os possíveis impactos da reforma tributária em curso no país e das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em uma economia fortemente industrializada e integrada ao comércio exterior, como a de Jaraguá, qualquer mudança no sistema de impostos ou nas relações comerciais internacionais provoca reflexos imediatos no planejamento das empresas, na arrecadação municipal e, em última instância, na qualidade dos serviços públicos prestados à população.

A reforma tributária, embora necessária, ainda gera incertezas quanto à sua implementação, especialmente no que diz respeito à substituição de tributos como ICMS e ISS pelo novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Para um município com forte base de arrecadação vinda do setor industrial e de serviços, a centralização das receitas pode comprometer a autonomia financeira local. É fundamental garantir que o novo modelo mantenha critérios de distribuição justos, que reconheçam o esforço arrecadatório dos municípios mais eficientes e produtivos.

No cenário externo, a decisão do governo norte-americano de elevar tarifas sobre produtos brasileiros afeta diretamente as exportações catarinenses, incluindo setores estratégicos como autopeças, motores, móveis, cerâmica e carne suína. Jaraguá, que abriga indústrias inseridas nesses segmentos, poderá enfrentar retração em contratos internacionais, impacto na produção e eventual redução de postos de trabalho.

Diante disso, a postura da Secretaria da Fazenda, ao avaliar com prudência e tecnicismo as mudanças, é indispensável. É hora de diálogo entre os entes federativos e articulação junto às entidades empresariais para defender os interesses regionais, sem alarmismo, mas com firmeza. O desenvolvimento sustentável de Jaraguá do Sul depende da previsibilidade fiscal e da proteção da competitividade de sua indústria, seja diante de reformas internas, seja frente a medidas protecionistas externas.

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