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Fiesc faz pesquisa para saber o impacto do tarifaço de Trump

Foto: Divulgação/Fiesc

Por: OCP News Florianópolis

29/07/2025 - 08:07 - Atualizada em: 29/07/2025 - 08:34

A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) realizou nesta segunda-feira (28), a primeira reunião aberta do Comitê de Crise do Tarifaço dos EUA. No encontro, realizado de maneira virtual, foi apresentada pesquisa para medir os impactos potenciais da elevação das tarifas de importação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos para 50%. A partir de uma compreensão mais profunda dos efeitos para a indústria e a economia catarinense, a Fiesc pretende ampliar sua contribuição para políticas públicas para fazer frente à situação.

“Estamos muito preocupados com o potencial impacto, porque SC tem uma característica muito singular, com segmentos diferentes sendo afetados em proporções distintas”, explicou o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt. Santa Catarina é o segundo estado com maior impacto negativo sobre o PIB, de 0,31%, atrás apenas do Amazonas, explicou, segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Em SC, 22,2% da produção do setor de produtos de madeira é exportada para os EUA. No setor de móveis, 12,1% do que é fabricado têm os Estados Unidos como destino”, destacou, citando dois dos segmentos que mais têm manifestado preocupação.

Embora algumas grandes exportadoras para o mercado norte-americano possam readequar operações porque possuem estruturas fabris nos Estados Unidos ou em outros países menos impactados, essa não é a regra geral. A preocupação com o setor de madeira e móveis, por exemplo, se justifica porque parte das indústrias com maior exposição estão em regiões onde o IDH é mais baixo e eventuais reflexos no mercado de trabalho teriam consequências sociais graves.

Desafios

O industrial Leonardo Zipf destacou a dificuldade de abertura de canais efetivos de negociação e manifestou preocupação com o momento em que as novas tarifas serão cobradas, já que não se tem documentos oficiais detalhando a medida norte-americana. Leandro Gomes, executivo da Guararapes, destacou a importância da participação da indústria respondendo ao questionário e sugeriu que a Fiesc priorize soluções que aliviem o caixa das empresas, propondo a liberação de créditos tributários para as exportadoras pelo governo do Estado.

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