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Fraudômetro: país evita perdas de R$ 39,8 bilhões em golpes no 1º semestre, projeta Serasa Experian

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

28/07/2025 - 14:07 - Atualizada em: 28/07/2025 - 14:14

A Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, estima que o país tenha registrado mais de 6,4 milhões de tentativas de fraude entre janeiro e junho deste ano. O volume representa uma média de 1 tentativa a cada 2,4 segundos em todo o território nacional. Caso essas ações criminosas tivessem sido efetivadas, o prejuízo potencial para consumidores e empresas poderia alcançar R$ 39,8 bilhões. O alto valor reforça a importância da prevenção contínua contra golpes no ambiente digital.

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“O volume estimado de tentativas de fraude no semestre reforça a urgência de investimentos contínuos em autenticação, análise de comportamento e tecnologias antifraude em camadas. Proteger os dados e garantir jornadas digitais seguras é um desafio crescente e precisa ser prioridade para empresas e consumidores”, afirma o diretor de Autenticação e Prevenção a Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

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O Fraudômetro é uma iniciativa da datatech e projeta, em tempo real, o volume estimado de tentativas de fraude no Brasil. A estimativa é calculada com base na média histórica consolidada dessas ocorrências através do Indicador de Tentativas de Fraude da companhia. Os números fornecidos pelo relógio estatístico servem como referência para conscientizar consumidores e empresas sobre a dimensão e os riscos associados às fraudes no ambiente digital.

Dicas aos consumidores para evitar fraudes:

• Garantir que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;

• Desconfiar de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

• Ter atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com comandos para funcionarem sem que o usuário perceba;

• Cadastrar suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

• Não fornecer senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

• Não transferir nenhum valor ou dado para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

• Incluir suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

• Contar com ferramentas de monitoramento da Serasa, no site ou aplicativo, para acompanhar o seu CPF e receber alertas caso tenha qualquer movimentação suspeita com seus dados.

Dicas para empresas:

• Investir em tecnologias de prevenção à fraude para proteger a integridade e a segurança das operações da sua empresa;

• Garantir a qualidade e a veracidade dos dados das soluções de prevenção à fraude a partir de soluções que se aprimorem constantemente diante das mudanças e ameaças das fraudes;

• Entender profundamente o perfil do seu usuário e busque constantemente minimizar pontos de fricção em sua jornada digital, garantindo uma experiência fluida e sem comprometer a segurança.

• Utilizar a prevenção à fraude como uma alavanca para gerar receita, implementando uma orquestração inteligente de soluções que maximize a segurança, reduza perdas e permita uma experiência de compra mais ágil e confiável para o cliente

• Em um ambiente de negócios cada vez mais digital e interconectado, onde as fraudes evoluem e se ampliam rapidamente a prevenção à fraude em camadas não é apenas uma boa prática, mas uma necessidade estratégica;

Metodologia

O Fraudômetro é baseado no Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, que cruza dois conjuntos de informações: o total de consultas mensais de CPFs na base da companhia e a estimativa de risco de fraude, obtida com a aplicação de modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela empresa, apoiados nos dados dos brasileiros e na tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O número é alcançado com a equação entre a quantidade de CPFs consultados versus a probabilidade de fraude observada, além da adição do volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia referentes a verificação de documentos, biometria facial e verificação cadastral.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).