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Em encontro com Alckmin, Fiesc defende negociações com EUA, sem retaliação

Foto: Arquivo/Portonave

Por: Pedro Leal

16/07/2025 - 18:07

O presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, liderou na tarde desta quarta-feira (16) comitiva de industriais do setor metalmecânico em reunião com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin e com a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres.

No encontro, Aguiar defendeu o diálogo para tentar reverter os impactos do chamado tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump. “Retaliar seria o pior encaminhamento, pois ampliaria os prejuízos para a indústria brasileira. Além de tentar reduzir as tarifas, precisamos buscar alternativas como a prorrogação do prazo de início da aplicação, para que as empresas tenham fôlego para se reorganizar e buscar novos mercados”, disse Aguiar.

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“As palavras de ordem agora são negociar, negociar e negociar. Mesmo que as tarifas não voltem aos patamares anteriores, precisamos chegar a um nível que permita manter a relevância daquele mercado como destino das exportações catarinenses e brasileiras”, resumiu o presidente da Fiesc.

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As indústrias catarinenses pretendem atuar em sintonia com seus clientes norte-americanos, que podem pressionar o governo dos Estados Unidos, demonstrando os impactos das tarifas que serão pagas pelos consumidores de lá. “O ministro conhece os números e tem total clareza sobre a importância do tema. Reforçamos a diversidade industrial catarinense, onde as tarifas terão graves consequências, já que os Estados Unidos são o principal destino de nossas exportações”, afirmou Aguiar.

No encontro, a Federação catarinense também destacou a necessidade de o governo federal incluir produtos semiacabados de aço e alumínio nas estratégias de defesa dos interesses brasileiros no comércio internacional, buscando isonomia tributária. “Hoje existe uma invasão de produtos chineses, porque o parafuso vindo da China chega ao preço dos insumos pagos pelos fabricantes brasileiros”, disse Aguiar, lembrando que há importantes empresas do setor no estado, gerando elevado número de empregos.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).