O grande polo industrial que é hoje Jaraguá do Sul, tem na verdade suas raízes mais profundas ligadas ao meio rural. Jaraguá nasceu das comunidades agrícolas que abasteciam a região e a economia. Dentre as atividades rurais que marcaram este período destacam-se o cultivo de alimentos, a criação de animais, a instalação de pequenos beneficiadores de engenhos, artífices e prestadores de serviços.
Segundo o Arquivo Histórico, a região central de Jaraguá do Sul era a princípio uma grande lavoura de cana de açúcar de Emílio Carlos Jourdan, onde também havia uma usina que produzia açúcar e aguardente. Já com a chegada de alemães, húngaros e italianos, o município passou a cultivar diversos produtos, como arroz nas regiões de Santa Luzia e proximidades, e também mandioca, milho, banana, cana-de-açúcar e fumo, em bairros como Garibaldi e Nereu Ramos.
Dados do Arquivo Histórico também apontam que, em 1976, a produção agrícola da cidade era de 9.673.000 litros de leite, 30.000 toneladas de açúcar e 16.000 toneladas de banana, com 345 empresas atuando no município.
Outro dado curioso era o percentual de moradores que viviam no meio rural em comparação aos que moravam na cidade. Enquanto na década de 1970 a população de Jaraguá apresentava a maioria da população residindo no interior do município, a partir de 1980 esse percentual se inverteu. Em 1996 era 22% e em 2010 somente 7%.
Regiões como Rio Cerro, Rio da Luz, Nereu Ramos, Ribeirão Cavalo, Itapocuzinho, Santa Luzia e Garibaldi foram e continuam sendo grandes produtores de alimentos.