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Feriados revelam – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/07/2025 - 08:07

O que há de mais fácil na vida é inventarmos uma desculpa para tentar enganar a nós mesmos ou a alguém por perto. Todos fazemos isso, em maior ou menor grau. Nossos silenciosos desesperos na vida nós os revelamos por nossas ações. Os feriados são, por exemplo, um bom momento para que nos conscientizemos disso. Por que os feriados são reveladores? Porque nos feriados você, eu, Pedro, Paulo, Joana, todos, notamos o desespero das pessoas para dar uma “saidinha”. E em cidades como Florianópolis essa “fotografia” pode ser vista com menos esforço. Basta que haja um feriado para que a cidade fique tomada por pessoas de fora, “turistas”, quase sempre silenciosamente desesperadas de suas vidas. Um feriado bem que pode ser um dia “útil” de descanso caseiro, em casa, com todos os familiares por perto ou nem que seja só com o cachorro ou com o gato, mas… Em casa. As pessoas, por maioria absoluta, não suportam suas casas e não se dão conta de que esse “insuportável” não vem da casa, vem da pessoa com ela mesma. Saindo de casa eu penso menos em mim, penso menos em meus limites, em minhas frustrações, me “distraio” com bobagens, com diversões que de diversões nada têm. As pessoas não se dão conta disso. Em Florianópolis pode-se ver esse desespero silencioso de multidões num dia de feriado. Pessoas aos montes saindo de casa, cruzando a ponte para ir a outros lugares e, ao mesmo tempo, toneladas de pessoas chegando, vindas de outras cidades para se “divertir”. Coitadas. Quando a cabeça humana não se vê bem em sua casa ou casinha, nada lhe fará feliz. Aliás, dizendo isso, lembro-me outra vez de um trecho do livro O Pequeno Príncipe. Na estação ferroviária, a raposa e o principezinho viam multidões chegando do norte e multidões do sul viajando para o norte. Os do norte vindo para serem felizes no sul e os do sul viajando para o norte para serem felizes no norte. Esse é o ser humano que se diz racional. Ou transformamos o nosso eventual limão em limonada no “aqui” e agora ou tiremos o cavalinho da chuva. Ser feliz sem precisar sair de casa é ser feliz. E que jamais alguém diga que não sai por falta de dinheiro, nesse caso, comprova a infelicidade culpando o dinheiro.

TAMANHO

É só observar. Raramente você vê uma mulher com um namorado, marido ou amante mais baixo que ela, quase sempre o cara tem estatura maior. E o contrário também é revelador. Raramente você vai encontrar um homem ao lado de uma mulher mais alta que ele. Esses vieses ridículos demonstram como uma radiografia o interior das pessoas. E como diz o palhaço no picadeiro, se tamanho fosse documento, o elefante seria o dono do circo…

JOGOS

Aqui fora, diz-se que as pessoas se revelam pelas entrelinhas, mas na política, em Brasília, os caras se revelam abertamente pelo caráter. Um grupão lutando pela legalização de cassinos, jogo do bicho, bingos, corrida de cavalos, por aí… Enquanto isso, quantos se preocupam com os descalabros das escolas públicas? Em Santa Catarina há escolas públicas sem água potável nem banheiros para os alunos. Não brinquem com fogo, safados!

FALTA DIZER

Até quando? Vagabundos, bandidos irrecuperáveis de 12, 13, 14 anos cometendo crimes bárbaros, mas sendo safadamente protegidos. Ninguém lhes pode mostrar a cara, nome, ninguém lhes dá o troco devido, tudo numa boa. Ser bandido no Brasil é lucro na certa. Mas… É só esperar, vai haver uma reviravolta, “daquelas”. Aposto.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.