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Mobilidade e história se cruzam nas pontes de Jaraguá do Sul

Foto: Arquivo Histórico

Por: Elissandro Sutil

09/07/2020 - 10:07 - Atualizada em: 09/07/2025 - 10:35

Ao recordar a mobilidade urbana em Jaraguá do Sul, citar algumas pontes que ligam um bairro ao outro é mais do que fazer um recorte na história: é falar dos caminhos que conectou pessoas, bairros e oportunidades.

Mais do que permitir a uma pessoa atravessar de uma margem a outra, elas contribuíram e impulsionaram o crescimento urbano do município. Pontes metálicas, de concreto, pênsil, com diferentes características, mas todas com um mesmo objetivo: facilitar as idas e vindas dos jaraguaenses.

Ponte metálica Abdon Batista

Foto: Arquivo Histórico

A primeira estrutura com esse nome foi inaugurada em março de 1913. Conhecida como Ponte Metálica Abdon Batista, passou por melhorias em 1925 e 1937, quando recebeu cobertura em zinco. Com o tempo, a ponte foi desativada, restando apenas um pilar de pedra no leito do rio. Esse vestígio solitário acabou tombado como patrimônio histórico pelo Decreto Municipal nº 9035/2012, sendo uma das poucas marcas físicas da infraestrutura urbana de Jaraguá do Sul no início do século XX.

Ponte de concreto Abdon Batista

Foto: Arquivo Histórico

A substituição da ponte metálica veio décadas depois. Em 13 de março de 1965 foi inaugurada a ponte de concreto com o mesmo nome, resultado de um projeto articulado entre o Governo do Estado e a Prefeitura. A obra atendeu antigas reivindicações da população, preocupada com as condições precárias da antiga estrutura. Iniciada em 1962, a construção foi realizada pela Construtora Marna, após processo de concorrência pública. Além da ponte, o trecho da Rua Joinville até ela foi asfaltado. A nova ponte tornou-se um importante elo de ligação urbana, ampliando a fluidez do tráfego na região central.

Ponte Pênsil Jacob Alfredo Emmendorfer

Localizada entre as ruas Ney Franco e Miguel Salai, próxima ao Clube Atlético Baependi, a ponte foi inaugurada em março de 1971 e batizada em homenagem a Jacob Alfredo Emmendorfer, imigrante com trajetória marcada por diferentes empreendimentos em Jaraguá do Sul, desde serrarias até padarias. A estrutura pênsil foi reconhecida por sua importância histórica e cultural, sendo tombada em 2012, pelo mesmo decreto que preservou o pilar da antiga ponte Abdon Batista.

Ponte Antônio Ribeiro

Foto: OCP

Conhecida também como Ponte do Trabalhador por sua proximidade com o parque fabril da WEG, a estrutura atual substituiu uma ponte pênsil inaugurada em 1974. A ponte de concreto começou a ser construída em 1991 e foi aberta ao tráfego no ano seguinte, conectando os bairros Ilha da Figueira e Vila Lalau. Com 223 metros de comprimento, tornou-se um eixo importante para o deslocamento de trabalhadores e mercadorias, especialmente em direção ao setor industrial.

Ponte Maria Moser Grubba

Foto: Arquivo Histórico

Ligando o Centro ao bairro Czerniewicz sobre o rio Itapocu, a ponte Maria Moser Grubba foi inaugurada em julho de 1989. Sua construção contou com recursos federais e teve início em 1988. Antes dela, existia no mesmo local uma ponte pênsil de 1960, estreita e elevada, que já levava o mesmo nome. A nova ponte em alvenaria ampliou a capacidade de tráfego e representou um passo importante na integração viária de áreas centrais e periféricas

Esse recorte histórico sobre as pontes de Jaraguá do Sul ajuda a compreender como o município se estruturou ao longo do tempo. Em seu aniversário, elas revelam mais do que arquitetura e engenharia: são marcos do seu desenvolvimento, fruto de decisões políticas que moldaram a cidade.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP