O ChatGPT e outras IAs generativas são poderosas ferramentas de auxílio, mas não são fontes infalíveis. Seus resultados dependem da qualidade dos dados em que foram treinadas, dos vieses presentes nesses dados e, principalmente, da forma como são questionadas. Muitos usuários cometem o erro de aceitar as respostas como verdades incontestáveis, sem verificar fontes, contextualizar ou refletir sobre possíveis limitações.
A IA não “pensa”, ela processa padrões estatísticos com base no que já foi registrado. Se uma pergunta for vaga, tendenciosa ou mal formulada, a resposta tende a ser incompleta, genérica ou até equivocada. Por exemplo, perguntar “Por que o aquecimento global é uma farsa?” pressupõe uma conclusão falsa, e a IA pode reproduzir desinformação existente em sua base.
Como usar a IA com eficácia:
1. Seja específico: Quanto mais claro for o questionamento, melhor a resposta. Em vez de “Fale sobre saúde”, pergunte “Quais são os impactos do sedentarismo na saúde cardiovascular?”
2. Cheque as fontes: A IA não cita referências confiáveis por padrão. Sempre confira dados críticos em sites especializados ou livros.
3. Questione o viés: A IA pode reforçar estereótipos ou omitir perspectivas. Pergunte “Sob qual perspectiva essa resposta é construída?” ou “Quais contrapontos existem?”
4. Use como ponto de partida: A resposta da IA é um insumo, não um produto final. Reflita, compare e aprofunde.
Enfim, a inteligência artificial é uma aliada, não uma oráculo. Seu potencial só é aproveitado quando combinado com curiosidade, criticidade e capacidade de análise humana. A verdadeira sabedoria está em saber perguntar, e em nunca deixar de duvidar.