A terça-feira (1°) foi de lembranças e reconhecimento na Câmara Municipal de Florianópolis. Exatamente um ano após a morte de Gabriel Meurer, o Gabrielzinho, os vereadores aprovaram, por unanimidade, o projeto de resolução que dá o nome do parlamentar ao prédio do Legislativo da Capital. O Centro Legislativo Municipal de Florianópolis Vereador Gabrielzinho eterniza na sede da Câmara a história de um político que fez da própria trajetória de vida sua principal bandeira: lutar por direitos, inclusão e respeito.
A aprovação do projeto de resolução que renomeia o prédio do Legislativo foi uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa, a 2º vice-presidente, vereadora Pri Fernandes (PSD), falou com emoção sobre a homenagem. “ Falar do Gabrielzinho é uma coisa que não tem como se emocionar, né? Ele deixou um legado tão lindo que acho que o mínimo que a gente poderia fazer é prestar essa homenagem. Como nós somos passageiros neste mundo, a gente pode deixar a marca dele. Eu acho que ele ia ficar muito feliz com essa singela homenagem, que vai deixar a marca dele na história, ele foi alguém muito especial em todos os sentidos e com todas as pessoas, ele merece, é mais que justo”, disse.
Já o presidente da Câmara, o vereador João Cobalchini (MDB) destacou a importância da iniciativa e da homenagem mais que justa. “ Um ano da partida do nosso amigo Gabrielzinho, ele foi mais do que um colega de trabalho, Gabrielzinho era uma pessoa sensacional, um vereador muito atuante e que também fazia um belíssimo trabalho aqui dentro da casa. Decidimos fazer essa homenagem, e nada mais justo que a gente desse o nome da nossa Câmara, a casa do povo. O momento dessa homenagem também traz esse consolo para a família e amigos, reconhecimento mais que justo”, declarou.
Agora, o nome do vereador se soma à história da Câmara como símbolo de que políticas públicas inclusivas precisam ser permanentes, assim como a memória de quem fez disso sua missão.
Quem era Gabrielzinho, “o Gigante”

Gabrielzinho morre aos 39 anos | Foto: Arquivo/CMF
Gabrielzinho morreu na tarde de 1º de julho de 2024, aos 39 anos. Natural de Florianópolis, nascido em 14 de maio de 1985, ele convivia desde cedo com a hipocondroplasia, uma forma menos grave de nanismo, que afeta o crescimento da cartilagem e o desenvolvimento do corpo. Para ele, essa era sua “primeira luta”, como costumava dizer.
Mesmo enfrentando limitações físicas, fez da superação uma marca registrada. Foi diretor do Procon de Florianópolis, onde atuou na defesa dos direitos dos consumidores, e conquistou duas vezes uma cadeira na Câmara de Vereadores, sendo eleito em 2016 e reeleito em 2020. No último pleito, foi o terceiro mais votado da Casa, reflexo do reconhecimento popular pelo trabalho em defesa das pessoas com deficiência, da acessibilidade e da transparência no serviço público.