Milenares observadores da vida, hoje chamados de cientistas, descobriram há milhões de anos, que – “Não há nada de novo abaixo do sol, o que é já foi e o que foi será”. O que chamamos de novidades são coisas velhas com roupas novas. Vou abrir a porta para a nossa conversa de hoje. É o seguinte: faz muito tempo que safados escravagistas inventaram a história de um tal “pecado original”. E esse pecado teria que ser mitigado pelo trabalho, aquela história da carochinha – “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Ora, os ingênuos ouviam isso e não reclamavam do escravagismo ou do salariozinho minguado, afinal, estavam acertando as contas como pai. Tudo enganação que inaceitavelmente vige ainda hoje. Remexendo meus arquivos, reencontrei um texto de Abraham Maslow, psicólogo americano, que um dia escreveu que – “Quando você sente prazer no que faz, tudo sai bem-feito e nada parece um sacrifício. Feriado passa a ser igual a dia de semana. Trabalho e diversão se confundem. O entusiasmo passa a ser algo natural”. Para que alguém conteste essa afirmação a pessoa deve estar internada. – “Ah, mas tu não sabes o que passo no trabalho e o salariozinho que eu ganho”! Não, não me diga isso. Já disse aqui incontáveis vezes, temos que “casar” por amor com o nosso trabalho, um casamento que deve durar a vida toda, variando apenas nos degraus a mais que vamos subindo… Somos livres para essa subida e também para decidir pelo quanto queremos ganhar na vida. O mais é frouxidão, acomodação ou… Nem digo. Ah, e quase esquecia, trecho de um artigo do Estadão, outubro, 2012, coluna assinada pelo professor, sociólogo, Sérgio Amad Costa, ele dizia que – “Estudos científicos demonstram que um dos principais fatores associados ao aumento da longevidade humana e uma vida mais sustentável é o envolvimento com o trabalho…”. Um abraço, professor! Que pena, todavia, que muitos ainda vejam o trabalho como um castigo, uma punição pelo pecado original. O pecado original que conheço é o pecado de votar errado, levianamente, como vota a maioria do povo brasileiro. E para os que estão próximos da aposentadoria faço-lhes um aviso: vão conhecer a danação muito de perto, cara a cara. Aposentadoria sonhada é o sonho do “ponto final” com a vida. Aviso dado.
TROCA
Todo dia a mesma coisa, aqui ou ali. Um bobão ou bobona, pessoa que não se garante diante do espelho da vida, fazendo harmonização facial. Cirurgia plástica, mas com nome modernizado, tolice, enfim. A harmonização de que a maioria precisa não é facial, é mental. Deixar a cabeça bonita por dentro depende de nós, não custa um centavo, mas, é claro, custa uma limpeza íntima e determinação para sair da feiúra da ignorância. E assim, estaremos na passarela da beleza da vida, sem retaliações.
CERTEZA
Quem tem estranhos dentro de casa, abra os olhos e feche a boca. Todos os dias a notícia se repete: roubos de grandes conseqüências em condomínios. Edifícios de 10, 12 andares e os ladrões vão exatamente aos apartamentos onde há muitas jóias, cofres, etc. Como eles sabem disso? Alguém da casa abriu a boca, contou das “riquezas” e onde elas estavam. Nos crimes não existe acaso, existe certeza.
FALTA DIZER
Velha questão: o que mais separa as pessoas da infelicidade para a felicidade? Apegos. Quero continuar com o que já tive e não tenho mais, quero ficar com ela (ou ela com ele) quando o romance já se foi há muito tempo. Apegos idiotas – todos – são os genitores da infelicidade.