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2026 e o repeteco de 2018 em SC – Claudio Prisco Paraíso

Por: Claudio Prisco Paraíso

21/06/2025 - 06:06

No pleito de 2018, Décio Lima, do PT, foi candidato ao governo do Estado. Sua votação? Bisonha. Não tinha sequer um partido coligado com ele.

Em 2022, o vermelho já chegou para a disputa respaldado por todos os partidos de esquerda, além do PCdoB e do PV, que hoje fazem parte da federação com o PT. Ou seja, agregou também o PDT, o PSB, o PSOL, a Rede Sustentabilidade e daí por diante.

O petista conseguiu, assim, chegar ao segundo turno. Por pequena margem de vantagem em relação ao então governador Carlos Moisés. Mas não foi porque formou dobradinha com Lula da Silva, duas vezes presidente, que — depois de preso — concorreu a um terceiro mandato, que o catarinense carimbou passaporte ao segundo turno em Santa Catarina.

Foi pela pulverização de candidaturas conservadoras. Já registramos isso aqui várias vezes. Além do próprio Moisés, também concorreram Odacir Tramontin, do Novo; Gean Loureiro, do União Brasil; Esperidião Amin, do PP; e, finalmente, Jorginho Mello, do PL — o outro candidato que conquistou a vaga na grande final, também disputando sem nenhuma aliança, repetindo Décio Lima em 2018, só que abrigado no PL, partido de Jair Bolsonaro, que o apoiou.

 

Corrosão

E para 2026, qual é o projeto do PT e dos partidos de esquerda?
Considerando-se o desgaste brutal do governo Lula III, já é perceptível o movimento de algumas siglas à esquerda buscando caminhos alternativos.

 

Ser ou não ser?

Primeiro, porque não há nenhuma segurança de que Décio Lima virá para uma terceira candidatura consecutiva.
E mesmo que venha, Lula, que em 2022 — apesar da condenação e da prisão — ainda tinha um certo glamour, não o terá em 2026, caso concorra a um quarto mandato.

 

Dúvida

Caso não dispute, isso poderá aprofundar o sentimento, nos partidos de esquerda, de que não é um bom negócio estar com o PT.
É real a possibilidade de Décio Lima ser candidato ao Senado, a uma das duas vagas.

 

Xadrez

Então, independentemente dessas variáveis nacionais e estaduais de candidaturas de Lula e de Décio, a grande verdade é que se constituiria numa fria para partidos como o PDT, o PSOL e até o PSB buscar entendimento com o PT. É evidente.

 

Socialista

Quem garante que o vice, Geraldo Alckmin, continuará na chapa nacional como vice na disputa presidencial?
O PT já está querendo empurrá-lo para uma candidatura ao governo ou ao Senado em São Paulo, para liberar a vaga de quem vai dobrar com Lula ou com o candidato que o PT lançará.

 

Divisão

Então, muito provavelmente, teremos uma segunda ou até uma terceira candidatura de esquerda.
Os canhotos podem seguir caminho solo em Santa Catarina. O PDT e o PSB poderão estar juntos — ou os três numa grande coligação, considerando o PSOL.
União que dependerá do projeto proporcional de cada partido.

 

Estratégia

A eleição de deputados, seja estadual quanto federal, é fundamental.
A Câmara Federal é algo primordial.
O número de cadeiras de cada sigla ou federação define os valores dos fundos partidário e eleitoral, bem como serve de referência para o tempo de propaganda de rádio e televisão.

 

Vem chumbo

Em Santa Catarina, o PT é bom ir colocando as barbas de molho, porque vai enfrentar uma situação eleitoral absolutamente desafiadora.

 

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