O inverno começou oficialmente na sexta-feira (20), e as previsões apontam para dias de frio intenso em Santa Catarina. Enquanto muitos se preparam para curtir o clima aconchegante, é preciso lembrar que, para milhares de pessoas, essa estação traz riscos à saúde e até mesmo à vida. O momento exige mais do que casacos e cobertores; demanda solidariedade, responsabilidade coletiva e ação.
As baixas temperaturas aumentam sobremaneira os casos de doenças respiratórias, como gripe, Covid-19 e pneumonia, especialmente entre idosos, crianças e populações em situação de vulnerabilidade. Reiteramos que a vacinação é a ferramenta mais eficaz para reduzir hospitalizações e mortes, mas sua eficácia depende da adesão da sociedade. Para isso, é preciso se descontaminar das crendices e ideologias infundadas.
Não se vacinar é um ato que impacta toda a comunidade. Quem deixa de se imunizar, além de colapsar os hospitais, coloca em risco quem não pode se proteger, como pacientes crônicos ou imunossuprimidos. A responsabilidade civil pela saúde pública é de todos. Além disso, o inverno escancara desigualdades. Não podemos, outrossim, nos iludir que Jaraguá, por seu alto padrão socioeconômico, esteja livre desses problemas.
Enquanto alguns se aquecem em lares confortáveis, outros enfrentam o frio nas ruas, em moradias precárias ou sem acesso a agasalhos. A solidariedade precisa ser prática: doar cobertores, apoiar abrigos ou simplesmente checar se um vizinho idoso está bem, pode salvar vidas.
Que este inverno nos faça refletir e nos autoquestionar: em um mundo tão individualista e imediatista, ainda somos capazes de cuidar uns dos outros? A resposta está em nossas ações. Vacinar-se, cobrar políticas públicas e estender a mão a quem precisa não são gestos de caridade, mas de humanidade. O frio é inevitável, mas, a indiferença não.