O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do acordo de delação premiada fechado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e classificou como “imprescindível” a rescisão e anulação da colaboração.
As informações são do portal R7.
O pedido vem depois da veiculação de supostas mensagens do militar em perfis nas redes sociais, o que teria violado uma decisão do ministro Alexandre de Moraes proibindo o uso de redes sociais por parte do delator.
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Estes perfis mostram supostas conversas de Cid com outras pessoas sobre as informações prestadas durante a delação. Segundo a defesa do militar, ele jamais utilizou os perfis em questão e desconhece sua existência.
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Os advogados de Bolsonaro afirmam que as conversas atribuídas a Cid demonstrariam o descumprimento dos termos do acordo de delação premiada, já que expõem que o delator quebrou o sigilo imposto à sua delação.
Além disso, a defesa entende que teor das mensagens expõe não apenas a falta de voluntariedade, mas “principalmente” a ausência de credibilidade da delação.
Isto tornaria os depoimentos e as provas decorrentes deles ilícitos, segundo os advogados.
“O delator mentiu de novo, e tem mentido para acobertar suas sucessivas mentiras e que alcançam também os depoimentos prestados. Os fatos trazidos a público após os interrogatórios são graves, para dizer o mínimo e muito pouco”, disse a defesa.
A defesa de Bolsonaro pediu ainda que o Supremo solicite novas informações às redes sociais, como histórico de acessos aos perfis e todos os dados cadastrais.
Na semana passada, em uma rede social, Bolsonaro disse que “a ‘trama golpista’ é uma farsa fabricada em cima de mentiras”.
“Um enredo montado para perseguir adversários políticos e calar quem ousa se opor à esquerda”, pontuou.