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Gestores brasileiros retidos em Israel conseguem chegar à Jordânia

Foto: Stanislav Vdovin/Sina Drakhshani/Unsplash

Por: Pedro Leal

16/06/2025 - 17:06

Parte dos gestores municipais brasileiros que ficaram retidos em Tel Aviv após o início dos conflitos entre Israel e Irã, na última quinta-feira (12), conseguiu cruzar a fronteira com a Jordânia em segurança, nesta segunda-feira (16).

“Graças a Deus, deu tudo certo na viagem […] e já estamos aqui, na Jordânia, fazendo os procedimentos de visto”, informou, em uma mensagem de vídeo, o tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Nélio Aguiar, pouco após chegar à Jordânia, de ônibus.

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Aguiar integra o grupo de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais que viajaram a Israel com a justificativa de participar de uma feira de tecnologia e segurança. Segundo a CNM, além de Aguiar, fazem parte do primeiro grupo que conseguiu deixar Israel após as operações do Aeroporto Internacional de Tel Aviv serem suspensas:

  • Álvaro Damião, prefeito de Belo Horizonte;
  • Márcio Lobato, secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte;
  • Welberth Porto, prefeito de Macaé (RJ);
  • Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ);
  • Cícero de Lucena, prefeito de João Pessoa (PB);
  • Janete Aparecida, vice-prefeita de Divinópolis (MG);
  • Flávio Guimarães, vereador do Rio de Janeiro;
  • Gilson Chagas, secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ);
  • Francisco Vagner, secretário de Planejamento de Natal (RN);
  • Davi de Matos, chefe-executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas).

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Israel garantiu que fará “todos os esforços, em coordenação com a Embaixada do Brasil, para garantir uma saída segura para os demais brasileiros de todas as delegações, sempre que houver as condições adequadas para o deslocamento”.

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O Secretário de Proteção Civil e Segurança Pública de Joinville, Paulo Rogério Rigo, permanece na cidade de Kfar Saba, nas proximidades de Tel Aviv. No domingo (15/6), as atividades foram retomadas no “The International Institute of Leadership“, universidade pública de Israel. O grupo participa de palestras relacionadas aos temas de tecnologia, inteligência e segurança.

Após participar de uma reunião com a Embaixada de Israel, o secretário Paulo Rogério Rigo e outros integrantes da comitiva brasileira optaram por permanecer em Israel e não fazer o deslocamento por terra, pela fronteira com a Jordânia.

“Respeitamos a decisão pessoal dos colegas que preferem se deslocar pela Jordânia. A minha experiência me diz que eu devo permanecer aqui porque estamos em relativa segurança. A gente segue o protocolo, quando toca a sirene nos deslocamos imediatamente para o bunker e estamos sendo assistidos”, informa Rigo.

Em uma mensagem de vídeo, o prefeito de João Pessoa, Cícero de Lucena, contou que, ao chegar à Jordânia, o grupo foi acolhido por funcionários da embaixada do Brasil. “Agora, vamos seguir para a Arábia Saudita, já que, lá, o espaço aéreo está aberto. Continuamos com bastante segurança e tranquilidade”, comentou Lucena.

Conflito

A viagem das autoridades públicas brasileiras ocorre em meio à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas – conflito bélico que se arrasta há décadas e se intensificou em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, matando e sequestrando civis em território israelense.

A partir daí, a reação militar israelense arrasou a Faixa de Gaza, ceifando milhares de vidas, incluindo de civis e crianças. Em resposta às ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o governo brasileiro estuda medidas para romper relações militares com Israel.

Além de ocupar a Faixa de Gaza, Israel abriu, na semana passada, uma nova frente de guerra, bombardeando o Irã durante a madrugada da última sexta-feira (13). Segundo Tel Aviv, os alvos dos ataques foram instalações militares e nucleares. De acordo com fontes iranianas, ao menos nove pessoas morreram e uma centena ficou ferida já neste primeiro ataque israelense.

A retaliação iraniana não demorou e, no mesmo dia (13), mísseis balísticos atingiram Tel Aviv e Jerusalém.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).