Santa Catarina consolida-se como uma referência nacional na celeridade do registro de empresas, com um feito notável: o tempo médio para abertura de negócios caiu de 4,6 horas em 2022 para apenas 2,2 horas em 2025, segundo o Mapa de Empresas do Governo Federal. Essa redução pela metade em três anos reflete um esforço coordenado entre políticas públicas e inovação tecnológica, posicionando o estado entre os mais eficientes do país, atrás apenas do Piauí (54 minutos) e à frente de gigantes como São Paulo (1 dia e 2 horas). O segredo desse sucesso está na combinação de medidas como a digitalização de processos e a implementação do “Balcão Único”, que permite a abertura de empresas em um único ambiente digital, eliminando etapas burocráticas. A Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc) desempenhou papel central, modernizando sistemas e alcançando marcas impressionantes, como a análise de quase 2.000 processos por dia durante operações de força-tarefa. Além disso, municípios como Jaraguá do Sul já oferecem processos “imediatos”, demonstrando como a descentralização e a adoção de tecnologias locais podem acelerar ainda mais o ritmo. Os números falam por si: apenas em maio de 2025, foram abertas 24.552 novas empresas no estado, e o primeiro quadrimestre do ano registrou 107 mil empreendimentos formalizados, um salto frente aos 87,6 mil do mesmo período em 2024. Esse crescimento não se limita à quantidade, pois, a eficiência catarinense também se reflete na qualidade do ambiente de negócios, com 69,5% das empresas abertas em menos de um dia no país, padrão que Santa Catarina supera. Contudo, desafios persistem. O estado ainda figura entre os com maior número de CNPJs extintos (52,9 mil em 2025), indicando a necessidade de políticas não só voltadas a abertura, mas para a sustentabilidade dos negócios. A desburocratização é um vetor de desenvolvimento econômico, mas deve ser acompanhada de suporte contínuo aos empreendedores.