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Voltas da vida – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

18/06/2025 - 08:06

Jovens não têm passado, têm futuro. O futuro por ele mesmo não assusta, afinal, o futuro se alicerça sobre o que está por vir ou não virá. O futuro é muito mais uma imaginação que uma realidade, já o passado não. O passado é uma rua bem asfaltada em nossas vidas, ninguém a pode retocar, fazer um recapeamento, nada. E essa vivência, ou consciência, é o que mais nos pesa na mente à medida que vamos envelhecendo. A velhice tem seu alicerce no passado, um passado irretocável. Há quem deixe o passado na dele, que fique lá atrás, já foi. Mas os que tiveram um passado bem agitado, de uma agitação prazerosa ou anestésica por um trabalho ou fama, ah, esses vão ter que ter uma cabeça bem arejada para deixar passar. À medida que envelhecemos é preciso que abramos a janela da nossa sensibilidade, ou a janela da inteligência para que o ar fresco do agora e do daqui para frente nos dê ânimo e vida. Para dar bom-dia ao dia que chega é preciso que estejamos com a porta do passado fechada, fechada num sentido figurado, mas fechada de qualquer jeito. E aqui, neste ponto da nossa conversa, é que se impõe lembrar dos milenares preceitos dos grandes pensadores da vida: só temos o agora. Muitos podem dizer – “Ah, mas eu não posso viver este meu “agora”, ele está muito ruim, nada bom”! Pois é, mas esses maus momentos são inerentes à condição humana, ninguém escapa. E são nesses momentos que precisamos lembrar daquele outro provérbio popular: – Transformar o limão em limonada! As encrencas dos jovens estão – maior parte do tempo – no aqui e agora e nas conseqüências futuras do que lhes passa agora pela cabeça. Os idosos estão em sentido contrário nessa viagem: o lembrar do passado, dos bons momentos, das alegrias já vividas… Pois é, mas a vida não anda para trás, anda para frente, vem daí a necessidade de um propósito que não nos abandone pela nossa idade. E esse propósito é algo muito pessoal. E é também nesses momentos, nos adiantados da vida, que mais e mais é importante cultivar o desapego. Apegar-se é condenar-se a pessoa a algo que dela não depende. E aí está o começo do fim. Melhor é viver… Hoje.

FUTURO

Cresci ouvindo dizer e lendo que a vida é cíclica, tudo que é já foi e tudo o que foi será… Então, estamos vivendo o ciclo do andar para trás no Brasil. Dúvida? Nenhuma, é só escutar e ler sobre os nomes que estão sendo apontados, cogitados para as eleições visando a 2026. Credo, cruz, Ave-Maria! Não haverá santo que nos salve se os nomes mantidos continuarem esses. Passaporte preparado.

NOMES

Vida de sufocos? Melhor é dar umas voltas. Acabei de dá-las. E li num portal de notícias uma pesquisa sobre os nomes votados como os mais bonitos, de mulheres e homens no Brasil. Claro que não vou dizê-los, apenas dizer que quem faz o nosso nome somos nós. Podemos ter um nome de “roupa-suja”, mas… Transformarmos essa roupa suja num nome lindo e respeitável, admirável mesmo, tudo vai depender de nós, nossas ações e caráter.

FALTA DIZER

Amiga, ouça esta. Acabei de ler que – “Montagens digitais de nudez com a Inteligência Artificial expõem mulheres a nova forma de violência”. Como evitar? Grosso modo, impossível, porém… Jamais tirar fotos íntimas para ninguém. E aos que cometem o crime de montagens é perfeitamente possível pegá-los para a “justiça” Há “amigos” para ajudá-la.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.