Em salas de aula superlotadas, com salários aviltados e sob pressão e violência constante, os professores brasileiros estão adoecendo – física e emocionalmente. E muitos estão morrendo. A realidade é chocante, mas invisível: síndrome de Burnout, depressão, infartos e até suicídios tornaram-se comuns em uma profissão que deveria ser valorizada. Enquanto isso, a Educação pública definha, e há quem diga que isso não é acidente, mas projeto.
Dados do Ministério da Saúde revelam que, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 62% nos afastamentos por transtornos mentais entre docentes.
A violência nas escolas, a falta de estrutura e a cobrança por resultados em meio ao caos são apenas parte do problema. O piso salarial, frequentemente descumprido, força muitos a trabalharem em três turnos. Como exigir qualidade de ensino se o professor mal tem tempo para respirar? E as mortes que poucos querem ver? Todos querem um bom professor para os filhos, porém, pouquíssimos recomendariam essa carreira para os filhos!
Em 2024, a morte da professora Marcia Friggi, em Santa Catarina, chocou o país. Ela sofreu um infarto após ser hostilizada por pais e alunos.
Casos como o dela não são isolados. No Rio de Janeiro, um mestre de 50 anos tirou a própria vida após ser ameaçado por traficantes dentro da escola. Em Minas Gerais, uma docente morreu de COVID-19 após ser obrigada a lecionar sem ventilação adequada.
Por que isso acontece? Para especialistas, o desmonte da Educação é político. Há um projeto de poder que precisa de uma população menos crítica. Professores exaustos, escolas sucateadas e alunos desestimulados servem a esse propósito, pois educação é ameaça para o establishment.
O que dizem os governos?
Enquanto municípios e estados alegam falta de verba, o governo federal cortou R$ 1,2 bilhão da Educação em 2023.
A Educação morre quando seus professores morrem. E sem Educação, não há futuro. Resta saber: até quando a sociedade vai assistir, calada, ao assassinato lento da educação? Até quando o professor estará na base da pirâmide social? Até quando os professores terão que pedir licença para os pais para atribuir nota aos filhos? Até quando governos cortarão míseros benefícios de professores para garantir polpudos benefícios a parlamentares? Até quando caminharemos na contramão do futuro? Não vislumbramos respostas para nenhum desses questionamentos!