Antes do assunto de hoje, devo lembrar o que todos sabemos, mas mais das vezes negligenciamos. Já foi dito que devagar se vai ao longe. De vagar se vai ao longe das coisas ruins tanto quanto chegamos perto das boas, depende do que fazemos, no que investimos. Uma riqueza à disposição de todos é o vocabulário. O vocabulário. E era aqui que eu queria chegar. Dependemos muito do nosso vocabulário, das palavras que conhecemos sem piscar, ouvindo, lendo ou falando. Americanos, há uns 30 anos, fizeram uma pesquisa sobre quantas novas palavras um universitário estudioso, uma pessoa nota 10, aprendia por ano. Pesquisa demorada, abrangente, mas uma pontada no resultado. Entre oito e 10 palavras era o número médio de novas palavras que os que estudavam e liam muito aprendiam por ano. Entre oito e 10 palavras, palavras novas no vocabulário. Pouco? Acho um oceano de palavras. Nós, aqui no Brasil, nessa pesquisa ficaríamos com quantas novas palavras, aprendidas e usadas? Credo, nem arrisco. E junto a essa pesquisa, a contramão dela, isto é, de quantas palavras vamos esquecendo a cada ano que passa? À medida que envelhecemos a memória vai “encurtando”, antes de tudo pela falta de interesse das pessoas em crescer, ler, consultar o dicionário, fazer, enfim, a única “harmonização” que vale a pena: a de investir permanentemente no cérebro. Nós, por maioria, sabemos ler, mas engolimos inúmeras palavras enquanto vamos lendo. Não há interesse nem paciência para consultar o dicionário e fazer algum esforçinho para colocar essas palavras engolidas nos ativos do vocabulário diário. Quanto mais palavras conhecemos mais fácil falamos, mais fácil compreendemos as mensagens que nos chegam e mais bonitos, bonitas ficamos. Fala, se queres que te conheça! Ou, leia este texto e me o traduza… Seja o texto que for. “Colecionar” palavras, aumentar a conta vocabular do nosso cérebro é o melhor dos investimentos pessoais, custa nada e exige apenas uma determinação. Diária. Diária, eu disse. É como fazer poupança, tem que ser, no mínimo, um centavo por dia. O positivo é sempre melhor que o negativo. Sim, você tem razão, tudo depende da pessoa, da vontade e da autoestima dela…
VIDA
Duvido que a maioria que anda por aí não deseje alguma significativa mudança em suas vidas, uma vida nova vida mesmo. E sem beicinho, estamos nesse barco, mas para uma nova vida é preciso que abandonemos alguns velhos apegos ou perda de tempo que costumamos manter. Sem esse desapego, sem virar a página de algumas ou de muitas coisas que fazemos nada feito, vamos continuar a patinar nesta vidinha chata… Um caminhão de mudança dentro de nós faz bem…
IDADE
Se as pessoas não tivessem consciência da idade que têm, especialmente na velhice, não viveriam a velhice nem suas agruras diante do “futuro”. Viveriam o agora, que é um modo que todos podemos viver, mas… Para isso, é preciso que nos desliguemos dos convencionais da sociedade etarista, riscando da memória o suspiro do – “Ah, já estou velho para isso…”. Nossa mente não tem idade, tem condicionamentos.
FALTA DIZER
Aposto que são escolas de gente pobre. Ouça a manchete: – “Santa Catarina tem 66 escolas públicas sem água potável e 30 sem banheiro”. Informação da Comissão da Infância, Juventude e Educação, e também do Ministério Público. Os ardilosos “do poder” não investem em educação, o investimento exige tempo e quem investir hoje vai deixar os louros para quem estiver no poleiro político de então… E assim, os pobres que se danem, justo a maioria eleitoral…