Era assim que se dizia no passado: tirar retrato. Alguém está passeando, entrava numa área interessante e pedia para a pessoa que lhe estava ao lado: – Vamos tirar um retrato? E puff, o retrato era tirado, afinal, quem não sabe tirar retrato ou fotografar? Para fazer uma foto, tirar um retrato ou o que for, é muito fácil: é enquadrar o visor da máquina fotográfica no objeto visado, apertar o botão e pronto, a foto está tirada, o retrato está garantido. Certo? Para a maioria, sim, mas isso não é tudo. E era aqui que eu queria chegar. Morreu semana passada o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, 81 anos, uma celebridade mundial no mundo da fotografia. Ele vinha do tempo de “tirar um retrato” só que… Ele nunca “tirou retrato”, ele focava a vida nos planos por ele vistos para uma foto. As pessoas que fazem sucesso na vida, sucesso de qualidade, não coisa ordinária, tipo “influencers” ou parecidos, são as que fazem diferente e diferença em seus trabalhos. Olhamos para um rosto ou para uma árvore e vemos, como a maioria, o mesmo rosto ou a mesma árvore. E desse modo nunca chegaremos ao sucesso, seremos apenas mais um. Sebastião Salgado nunca ficou na fila dos comuns, ele via os diferentes, as diferenças em suas fotos. Na Psicologia se estuda “O mundo dos Diferentes Percebedores”, foi uma das minhas cadeiras favoritas na PUC/RS, quando fiz Psicologia. Mundo dos Diferentes Percebedores se alicerça na diferença que há entre as pessoas, diferenças a partir das percepções do que está em torno delas. Quem vê o que a maioria vê, e a maioria está nessa fila, não vê. O “segredo” das fotos laureadas de Sebastião Salgado estava na sensibilidade dele, sensibilidade de ver o que poucos viam ou conseguiriam ver. A razão por que poucas pessoas se realizam em seus trabalhos vem do modo coletivo, inconscientemente coletivo, de ver as coisas. Os sensíveis da vida vêem o “invisível” para os outros, mas… Fique muito claro, essa visão especial dos bem realizados na vida vem de suas paixões pelo que fazem. Quem faz o que faz só porque tem que fazer, nunca sairá da longa fila dos iguais, porém… Todo nascemos livres para encontrar a nossa paixão profissional na vida, com ela casar e… Ser feliz numa pose de “retrato” para sempre…
IRRITAÇÃO
Fico muito irritado com mentiras políticas ou descasos administrativos. Ouça esta manchete: – “Tentativas de instalar bloqueadores de celular em prisões se arrastam desde 2021 no Rio Grande do Sul”. Sabemos que muito dos crimes brasileiros são ordenados de dentro dos presídios, só um sonso para não saber disso. E os meus conterrâneos “gauchinhos” não sabem disso e não conseguiram bloquear os celulares? Ou será que não o fizeram por “bondade”? Omissão é crime.
MULHERES
Todos os dias, aqui, ali ou acolá, como se diz, uma notícia sobre mulher sendo violentada ao sair para um encontro depois de marcado o encontro por um aplicativo “de casos de amor”. Santo Deus, como é que mulheres “de hoje” ainda caem nessa fria? Será por desespero de não ter “alguém” por perto? “Gurias”, abram o olho, não existe “Mega-Sena” de amor, o que há é frouxos espertalhões… Sobrando.
FALTA DIZER
Cada vez mais demissões nas empresas, endividamentos impossíveis de zerá-los e doenças mentais fora de controle… Por quê? Vícios de trabalhadores (ou não) em Bets, em jogos eletrônicos criados para liquidar com os afoitos e aos desatentos aos danos pessoais de todo tipo. Tudo legalizado… Brasiiilll.