Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Você sabia? A vergonhosa ascensão no ranking de abuso sexual infantil coloca o Brasil em…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

26/05/2025 - 13:05 - Atualizada em: 26/05/2025 - 13:35

A inação e a falácia da “Internet Livre” defendida por muitos hopócritas, fazem com que o
Brasil tenha escalado, assustadoramente, do 27º para o 5º lugar no ranking global de denúncias de abuso sexual infantil online, em apenas dois anos. Um retrato devastador de falhas estruturais. Essa posição ignominiosa, revelada pelo relatório da InHope, expõe a incapacidade do Estado e da sociedade de proteger suas crianças, enquanto criminosos agem impunemente na sombra da internet. Pior ainda: grande parte dessa escalada pode ser atribuída à falta de regulamentação efetiva da rede, um terreno fértil para predadores que se escondem atrás de discursos libertários que confundem liberdade com anarquia digital.

Os defensores da “não regulamentação da internet” argumentam, de forma simplista, que qualquer controle fere a liberdade individual. No entanto, essa retórica ignora que a ausência de regras claras e mecanismos de fiscalização transforma a web em um paraíso para crimes hediondos. Enquanto países como Alemanha e Reino Unido — que também figuram no topo do ranking — investem em inteligência artificial e cooperação internacional para rastrear e remover conteúdo criminoso, o Brasil ainda patina em discussões ideológicas. A SaferNet, responsável pelas denúncias no país, identificou que 98% dos conteúdos ilegais estão hospedados no exterior, mas a falta de tratados internacionais robustos e de ferramentas de monitoramento em português dificulta o combate.

É hipocrisia gritante que, em pleno 2025, ainda existam vozes influentes no Congresso e na mídia defendendo a autorregulação das plataformas, como se empresas movidas a lucro fossem priorizar a segurança infantil. O resultado? Redes como o Telegram são usadas para a comercialização de imagens de abuso, com criminosos adaptando linguagens cifradas para escapar da fiscalização. Enquanto isso, o Disque 100 registrava em 2024 mais de 289 mil denúncias envolvendo crianças e adolescentes, muitas delas relacionadas a crimes online, mas a resposta estatal ainda é lenta e fragmentada.

A realidade é cruel: o Brasil é um consumidor passivo desse horror, e também um ator na produção e distribuição de material criminoso. Se não houver uma ruptura com a negligência regulatória e um investimento massivo em tecnologia e educação digital, continuaremos a ver nossas crianças serem transformadas em estatísticas. A internet precisa de limites claros — não para censurar, mas para proteger. Quem se opõe a isso, seja por ingenuidade ou má-fé, é cúmplice dessa barbárie.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

OCP News Jaraguá do Sul

Publicação da Rede OCP de Comunicação