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Você sabia? O Papa Alexandre VI foi o pontífice mais…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

23/05/2025 - 13:05 - Atualizada em: 23/05/2025 - 13:20

Alexandre VI (6), nascido em 1431, é frequentemente lembrado como um dos papas mais corruptos e controversos da história da Igreja Católica. Seu pontificado (1492–1503) foi marcado por nepotismo, simonia, acusações de assassinato e uma vida pessoal que desafiava os votos clericais. Membro da influente família Bórgia, ele ascendeu ao papado em meio a acusações de compra de votos no conclave, consolidando seu poder através de alianças políticas e favorecimento familiar.

Alexandre VI usou sua posição para enriquecer e fortalecer sua família, nomeando seu filho César Bórgia como cardeal e garantindo títulos nobiliárquicos para outros filhos, como Lucrécia Bórgia, cujos casamentos eram estratégias políticas. Sua abordagem era típica do Renascimento, onde o papado muitas vezes se confundia com o poder secular, mas ele levou essa prática a extremos, gerando revolta entre seus adversários.

Além do nepotismo, Alexandre VI foi acusado de manter relações com amantes, como Vanozza dei Cattanei e Giulia Farnese, e de reconhecer publicamente seus filhos ilegítimos. Rumores de incesto com Lucrécia, embora nunca comprovados, mancharam ainda mais sua reputação. Ele também foi associado a assassinatos políticos, como o de seu rival Girolamo Savonarola, um frade dominicano que denunciava a corrupção papal e foi executado em 1498.

Seu papado teve impactos além da Europa: em 1493, suas bulas (como “Inter Caetera”) dividiram as terras do “Novo Mundo” entre Espanha e Portugal, legitimando a colonização e, indiretamente, a escravização de povos indígenas. Hoje, esse ato seria amplamente criticado como um exemplo de imperialismo religioso.

Como ele seria avaliado hoje?
Num contexto moderno, Alexandre VI seria visto como um líder profundamente imoral, cujas ações minariam a credibilidade da Igreja. Seu nepotismo lembraria casos contemporâneos de corrupção, enquanto sua vida pessoal geraria escândalos midiáticos comparáveis a figuras políticas envolvidas em abusos de poder. No entanto, alguns poderiam argumentar que ele foi um produto de sua época, onde a política e a religião estavam intrinsecamente ligadas.

Apesar de suas contribuições culturais (como patrono das artes) e medidas administrativas em Roma, seu legado permanece manchado pela ganância e imoralidade. Seu papado exemplifica os excessos que, mais tarde, alimentariam a Reforma Protestante, tornando-o um símbolo duradouro da corrupção no seio da Igreja.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação