Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Perguntas desagradáveis – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

19/05/2025 - 08:05

O lugar adequado para fazer perguntas é na delegacia. Os delegados estão liberados para dizer: – Fala, se queres que te conheça! E o suspeito vai ter que se abrir. Mesmo assim, os delegados sabem, os malandros inventam histórias, mas é aquela coisa, uma história inventada para ser bem contada só por milagre. Quem conta “histórias” mentirosas, cedo ou daqui a pouco vai morder a língua… Nossa conversa de hoje é essa: fazer perguntas. Nada mais constrangedor que fazermos ou termos que responder a perguntas, especialmente a certas perguntas, perguntas como: – “Por que você não faz um regime, uma dieta”? Pergunta feita por alguém diante da observação de que você está acima do peso. Percepção irreal ou indevida. Outra pergunta comum: “Por que você ainda não se casou”? Ora, diante dessa pergunta a melhor resposta seria, ou é, dizer que – Ah, continuo querendo ser livre e feliz… O fuxiqueiro que vá se coçar num arame farpado. – “Por que você se divorciou”? É outra pergunta que os desrespeitosos da vida alheia costumam fazer. Uma boa e debochada resposta é dizer – “Ah, me divorciei porque fiquei inteligente, minha cabeça clareou”! Outra pergunta constrangedora é perguntar por que a pessoa está desempregada ou por que foi demitida… Perguntas raramente feitas para o nosso bem, mas é bom não esquecer o zíper na nossa boca diante dos ímpetos de também fazer perguntas constrangedoras aos amigos. Aos amigos, eu disse, com os estranhos não temos “liberdade” para isso. Agora, o que precisa ser lembrado, e de modo atento, são as perguntas que devemos fazer diante de um possível caso de amor. Não perguntas sonoras, labiais, mas perguntas silenciosas, feitas pela nossa atenção diante do que a outra pessoa fala. O que ela diz, como diz, seus valores, suas fraquezas, seu caráter, tudo é revelado pela fala. Nunca esquecer a sentença milenar: Fala, se queres que te conheça! Não nasceu até hoje quem consiga se esconder o tempo todo, nós, os humanos racionais, nos revelamos por todos os poros. Quem tiver olhos de perceber e ouvidos de escutar vai ter problemas para casar ou fazer negócios. O outro lado é um risco, mas… Nós somos o outro lado do outro lado. Ah, e não esquecer Provérbios 13,3, Bíblia: – “Quem vigia os lábios, preserva o coração da angústia”.

VIDA

Vida é uma só, ou vivê-la bem ou perdê-la, deixá-la escoar-se no ralo das desatenções, não há outra saída. Tudo o mais é invenção, tentativa de diminuir a angústia da finitude. E para viver bem, vamos lá, ser feliz, é preciso apenas não esquecer que é a nossa postura que vai definir a nossa sorte neste mundo ou nesta vida. Quer dizer, tudo depende de nós, só de nós. A “sorte” de que precisamos é criada ou não por nós.

FUTURO

Eles, os jovens, não têm culpa, eles são conseqüências. Conseqüências de pais irresponsáveis, pais de “cio”, e da sociedade louca em que nasceram e estão a viver. Acabo de ler um desses pais – cara bem conhecido – dizendo que torce para que o filho se torne um grande influencer. Influencer é nada, compadre, não sabes disso ainda? Hoje as nulidades da vida se apresentam como “influencers”. Acordem, papais!

FALTA DIZER

Vida. Vou avisar outra vez. Os pais que só têm filhos homens abram o olho. Na velhice, se precisarem, e vão precisar, não conte com os filhotes, estarão sempre ocupados. Quem cuida dos pais são as filhas. Quem duvidar faça uma pesquisa. E os machinhos torcem para ter guris…

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.