A Dataprev, que detém os dados de aposentados e pensionistas do INSS, reconheceu em auditoria do Tribunal de Contas da União que cerca de 400 senhas de acesso aos seus sistemas teriam sido “comprometidas”.
A empresa também informou ter identificado “60 dispositivos estranhos” instalados em suas redes.
As informações são do portal G1.
A Dataprev foi alvo de uma inspeção de auditores do Tribunal de Contas da União entre janeiro e agosto de 2023, o que levou à abertura de um processo sigiloso na Corte.
Na época, as falhas nesses sistemas de segurança dos dados de aposentados e pensionistas resultaram em fraudes entre janeiro de 2022 e agosto de 2023 que somariam R$ 1,4 bilhão.
A Dataprev é um dos principais alvos, agora, das apurações sobre as sucessivas fraudes nas folhas de pagamentos de aposentados e pensionistas, seja no desconto indevido de taxas de adesão a instituições ou na concessão de empréstimos consignados ilegais, jamais reivindicados pelos supostos beneficiários.
A auditoria apontou ainda que o maior cliente da Dataprev, assim por dizer, não seria o INSS, mas os bancos que operam empréstimo consignado, que respondem por mais de metade das receitas da empresa.
O TCU aponta que os métodos usados nas fraudes revelam um “grande conhecimento da arquitetura de rede, sistemas de informação e controles internos do INSS”.