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Somos ditadores – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/05/2025 - 08:05

Vou falar sobre questões que passam por todos nós, de um modo ou de outro, queiramos ou não. E como já disse aqui, incontáveis vezes, sempre concordamos com quem pensa igual a nós. Duvido que até hoje tenha nascido alguém que concorde com outra pessoa que lhe pensa de modo diferente, duvido. Acabei de reler trechos de um médico americano – Maxwell Maltz – médico que abraçava a Psicologia. Ele juntou e viveu de modo inteligente os dois pontos de vista: o do materialismo médico e o dos emocionais da psicologia. Maxwell nasceu em 1899 e morreu em 1975, deixou obras interessantíssimas para a psicologia. No livro “Psicocibernética”, ele escreveu que – “Descobri que, enquanto a vida de algumas pessoas mudava totalmente após uma cirurgia estética, a de outras pessoas não mudava nada”. E alicerçou a consciência numa verdade: – “O que diferencia as pessoas é a autoimagem, não a imagem que vêem no espelho, mas na própria cabeça”. E disparou a flecha certeira: – “Um ser humano sempre age, sente e se comporta de acordo com o que imagina ser verdadeiro sobre si mesmo e seu ambiente”. Quantas vezes já disse isso aqui? Muitíssimo do que somos vem do período de molde, o período de que ninguém escapa, aquele que vai do nascimento até aos seis anos, por aí. Uma criança introjeta “tudo” o que ela vê e ouve nesse tempo de vida, para mudar mais tarde só com a ajuda do anjo da guarda. Mudar o pensamento, o modo de se ver no espelho da vida é a coisa mais fácil de fazer e ao mesmo tempo a mais difícil. Vou ficar com a segunda hipótese. – Ah, Prates, mas assim tu desencorajas muitas pessoas…! A verdade é isso, a verdade nos coloca numa encruzilhada, vais escolher este ou aquele lado? Tu és livre. De uma feita ouvi na TV Bandeirantes uma entrevista com um dos bandidos mais bandidos do Brasil, e ele disse sem piscar: – “Se me soltarem vou voltar a fazer o que sempre fiz, matar!”. A cabeça humana tem essas liberdades. E como disse o cirurgião plástico Maxwell Maltz, nenhuma mudança externa nos vai mudar, o poder absoluto está na cabeça e não no desaparecimento das rugas ou uma conquista polpuda na Mega-Sena. Somos os “ditadores” da nossa vida, feliz ou infeliz.

FANTASIA

As loucuras humanas sempre existiram, mas eram bem escondidas. Mudança drástica. Hoje tudo é possível e ai de quem critique as sandices. Acabei de ler este anúncio: – “Curso Anti-Aging”. Pisquei. Curso antienvelhecimento? Não existe curso para a idade, ou vivemos nossa vida no aqui e agora, nossa única saída, ou vamos viver a encrenca de não aceitar a passagem do tempo. E o único tempo que existe é o da vida “agora”. Boa ou desesperadora, depende da pessoa.

CABELOS

Lutar contra o tempo enlouquece, impossível parar o relógio da vida ou fazê-lo andar para trás. A única “juventude” que podemos alongar é a da cabeça, do modo de ver e reagir à vida. Observe este anúncio: – “Cortes de cabelo para mulheres de 60 anos ou mais para ter cara de jovens”. Pode isso? E o curioso é que não vejo desses anúncios para homens. Eles podem envelhecer como quiserem que vão ter “mercado”. Mas, dependem delas…

FALTA DIZER

Cada vez mais os diplomas valem menos. Os diplomas apenas habilitam legalmente alguém a uma determinada atividade profissional, mas não garantem mais nada. Sem criatividade, competência e espírito empreendedor, melhor é vender pastel na feira… Mais garantido. Acordar faz bem.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.