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Vocação é passaporte – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

14/05/2025 - 08:05

Toda minha história educativa foi ao lado de padres e irmãos maristas. Convívio direto nas escolas maristas por que passei, terminando na Pontifícia Universidade Católica, onde fiz Psicologia. Tenho muito da vida marista na minha vida e um pouco de vida sacerdotal, afinal, sempre temos algo do que admiramos. Agora tem uma coisa: vida sacerdotal, como de resto todas as demais “vidas” que vivemos ao longo da vida, tem que ser uma vivência vocacional. Têm que ser uma vivência que seja parte de nós. Fiz casamento com o jornalismo, você, leitora, leitor, não iria acreditar se eu contasse das oportunidades que tive, que me foram oferecidas fora do jornalismo. Optei pelo “voto de pobreza”, o voto sacrossanto dos padres, o meu foi pelo jornalismo. Repito, sempre tive uma sonora admiração pelos que seguem a vida sacerdotal. E você sabe qual é, para mim, a mais desafiadora e exigente vida “sacerdotal”? A do casamento. Se não houver uma sacrossanta “vocação” para as renúncias a envolver o casamento, para os sacrifícios inerentes à vida conjugal, ah, por favor, fique na solteirice. Digo isso porque fui cutucado por uma frase que acabei de reler no livro “Farmácia de Pensamentos”, de Sônia de Aguiar. A frase é atribuída ao escritor francês Jean-Paul Sartre. Nunca tive por ele nenhuma admiração, a começar pelos vieses dele diante do casamento. Esse senhor um dia escreveu que – “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e fica marcado para o resto da vida”. O que ele quis dizer com “marcado”? Entendi bem, ocorre, como já disse, que se o casamento for uma “vocação” na alma das pessoas, o casamento lhes será uma benção e os filhos crescerão saudáveis para a vida. Não é, todavia, o que acontece. Os casamentos que andam por aí, por favor, melhor chamar o delegado e não o padre para consagrá-lo. Quando os “pombinhos” têm caráter, se amam, se respeitam, enfrentam as dificuldades como inerências à vida conjugal, os filhos serão bem-educados e nenhuma vivência eventualmente difícil será razão para divórcio. Ah, você tem razão, acho que estou sonhando ou então bebi demais… Vocação para o trabalho, vocação para o casamento, vocação para uma vida sacerdotal, ah, Prates, muda de assunto, isso para meia dúzia. Tens razão!

MENSAGEM

Mensagens religiosas são resumos da sabedoria humana, popular. Uma dessas mensagens diz que – “Muitos serão os chamados, poucos os escolhidos”. Vamos para a exegese. Muitos é sinônimo de todos, significando que todos nascemos com a mesma liberdade para ser e crescer, todavia, poucos cruzarão a linha de chegada, de chegada à realização. Por quê? Desatenções de todo tipo, menos valias mesmo. Quem quiser ser, dentro do seu universo, será… O resto é vadiagem e desculpa mole…

TV

Já contei aqui que um dia, faz muitos anos, eu fazia comentário ao meio-dia numa das nossas tevês e estava a usar um relógio com pulseira vermelha. Foi terminar o comentário, fui chamado à direção da TV. Uma advertência: – Não usar mais a pulseira colorida, ela acabaria chamando mais atenção que o meu comentário. Nunca esqueci. Imagine hoje. Vale tudo, desde “riscados” nos braços, a barbas, cabelos e bigodes. Vale-Tudo, a novela dos que estão aparecendo no vídeo de telejornais…

FALTA DIZER

Estava falando sobre problemas com uma amiga, a Marilda, quando ouvi dela uma frase interessante: – “Prates, quando um problema não depende de ti, não existe controle, aceita e vira a página…”. Marilda tem razão, o difícil é virar essa página, mas que ela tem razão tem.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.