Em tempos de transformações no comportamento do consumidor de alta renda, uma nova maneira de entender o luxo vem ganhando espaço — e começa a impactar o mercado imobiliário e de investimentos nacional e regionalmente. Conhecido como Quiet Luxury, ou “luxo silencioso”, o conceito propõe uma releitura da sofisticação, priorizando discrição, qualidade e autenticidade em detrimento da ostentação. Luiz Sérgio de Assis Pereira Júnior, consultor de investimentos e um dos líderes da Engetec Excelência Imobiliária, observa que essa tendência reflete um amadurecimento do público high ticket. “Vivemos uma transição em que o luxo não precisa mais ser afirmado de forma explícita. O verdadeiro prestígio, hoje, está naquilo que é vivido e sentido, e não necessariamente exposto”, explica. Segundo ele, as mudanças econômicas no mercado mundial também influenciaram essa nova postura. Consumidores mais experientes passaram a valorizar produtos e experiências que tragam valor de longo prazo, identidade e propósito. “A busca é por ambientes atemporais, acabamentos impecáveis e produtos que carreguem história e manufatura, em vez de símbolos facilmente reconhecíveis por logotipos ou ostentação”, complementa Luiz Sérgio. O conceito de Quiet Luxury se consolidou no radar do mercado de moda em 2023, mas rapidamente se expandiu para setores como arquitetura, beleza, tecnologia, automóveis e, principalmente, o mercado imobiliário. Hoje, o imóvel de alto padrão que se destaca não é apenas o que impressiona pelo tamanho ou pelo endereço nobre, mas aquele que entrega uma verdadeira experiência. “Luxo, para alguns, é uma descrição silenciosa. Para outros, a celebração vibrante. O importante é oferecer experiências que respeitem a individualidade de cada cliente”, conclui.
Santa Catarina se consolida como destaque nacional no setor de multipropriedade
Santa Catarina vive um bom momento quando o assunto é o setor de multipropriedade. Segundo o relatório Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedade 2024, o Brasil soma 200 empreendimentos nesse formato, sendo 100 já em operação e 63 localizados na região Sul. O Valor Geral de Vendas (VGV) potencial do setor é de R$ 79,4 bilhões, com R$ 44,9 bilhões já comercializados. O crescimento do modelo está atrelado à maior profissionalização do mercado e ao uso de estratégias digitais para atingir um público cada vez mais consciente. Dentro deste contexto, um dos empreendimentos mais recentes é o Costão Estaleirinho, em desenvolvimento na Praia do Estaleirinho, com proposta de segunda residência de alto padrão, unindo exclusividade e natureza preservada. A novidade vem para somar e posicionar o estado como referência neste formato inovador de investimento, onde várias pessoas compartilham a posse de um mesmo imóvel.
Cresce o volume de transporte de cargas aéreas em SC
O volume de transporte aéreo de cargas em Santa Catarina teve alta de 23,6% no primeiro trimestre de 2025, alcançando 5,5 mil toneladas movimentadas. O desempenho foi puxado principalmente pelas cargas internacionais, que somaram 1,8 mil toneladas — uma alta de 62,2% em relação ao mesmo período do ano passado, representando quase 40% do total registrado. Os dados foram levantados pelo Governo do Estado, com base em informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Já o transporte de cargas domésticas também apresentou crescimento, com alta de 9,3% no comparativo com 2024, chegando a 3,2 mil toneladas. Os principais destaques foram os aeroportos de Florianópolis, com 1,4 mil toneladas, e Navegantes, com 1,3 mil toneladas movimentadas no período.