A obviedade me irrita, mas não podemos viver sem as obviedades. E o que são obviedades? Digo do meu jeito, obviedades são verdades que nos estão diante de todos os olhos, sem exceção. Obviedade é como olhar para o céu e ver o sol, alguém contesta? Mas há os obtusos das verdades, e não são poucos. Acabei de reler um trecho do livro – “Minutos de Sabedoria”, escrito por Carlos Torres Pastorino (1910/1980), foi padre e mais tarde dedicou-se à doutrina espírita. Nesse livro, Pastorino escreveu assim: – “Se você é estudante, aproveite o tempo ao máximo. Pense nos esforços de seus pais, em mantê-lo no colégio. Se você não estudar, está malbaratando o dinheiro de seus pais. Aproveite o período escolar para aprender, e não apenas para passar de ano. Forme uma base de conhecimentos sólidos, que lhe garantam a vitória na vida”. Belo texto, uma “vitamina” cognitiva para os jovens, porém… Não apenas para os jovens. Essa gana de aprender, de crescer, de não jogar tempo fora, de não decepcionar quem confia em nós, vale para a vida toda, tenhamos a idade que tivermos. E o que mais fazemos na vida? Jogamos tempo fora, ficamos a esperar por milagres que não vão acontecer se não suarmos litros do abençoado suor do trabalho e da fé. O que mais buscamos na vida é colher sem a prévia semeadura ou sem a devida atenção às sementes plantadas. Plantar é fácil, arrumar e cuidar da terra, regar as plantas diariamente exige esforços continuados, melhor é mudar de rumo… É como pensam os frouxos da vida. Hoje, em tudo, as pessoas têm pressa e querem colher o melhor, o melhor do que não foi semeado, como nos casamentos, por exemplo. Casaste? No mínimo 50% do que eras em tempos de solteirice têm que ser deixados para trás. Sem essa de casar e continuar igual ao “antes”. Mas é o que muitos fazem, especialmente os homens. Eu disse homens, não disse Homens… Infância e juventude são tempos se semeadura, os pais devem ser os alicerces dessa ponte pela qual os filhos estão passando… Ponte forte, rígida, passagem tranqüila quando os filhos merecem o direito que ganharam ao nascer… Muitos filhos, mesmo tendo ganhado do bom e do melhor são nulidades que não deviam ter nascido. A verdade é remédio amargo…
CINCO
Seguido ouço sobre a importância das cinco pessoas que mais vivem perto de nós, pessoas, queiramos ou não, que fazem parte da nossa vida. O histórico dessa verdade diz que nós somos o resumo dessas cinco pessoas. E agora? Quem lhe está mais tempo ao seu lado? Não há como escapar, todos temos esses “cinco”, o diacho é discriminá-los, ter consciência deles, ou pô-los a correr… Como fazer isso, por exemplo, com familiares?
PERGUNTA
Volta e meia, meus olhos param sobre esta manchete: – “Como é a vida em residencial de alto padrão para idosos”. Como é? É uma infeliz solução. Por melhor que seja um residencial, nada se compara a uma casa pessoal, com os nossos ranços e cheiros, com alguém do mesmo sangue por perto… Tudo o mais é uma infeliz solução, uma desesperada solidão. Credo!
FALTA DIZER
Chegamos a esse ponto. Imagens num telejornal mostrando um carro de som pelas ruas de Belo Horizonte anunciando a venda de atestados médicos por R$ 50,00. Incrível, porém… É o Brasil dos descalabros que gera ousadias desse tipo. E o médico que assina esses “atestados falsos” quem é? Vai ser cassado? Um sinônimo de Brasil? “Vale Tudo”.