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Conversa raivosa – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

09/05/2025 - 08:05

Ouço comentaristas de todos os tipos todos os dias. Razão? Duas: ser cidadão e jornalista. Nem o cidadão e menos ainda o jornalista deve assinar papel de trouxa, de bobão. Ouço esses comentaristas, cronistas, e não lembro de ter ouvido de algum deles incentivos à poupança. –“Ah, Prates, poupança é coisa de pobre, um especialista em Economia não vai falar sobre coisa de pobre…”! Ah, agora entendi, coisa de pobre! Poupança é coisa de pobre. Pois é, mas se não houver um incentivo bem direcionado, a começar pelos pais das crianças dentro de casa, depois pelos professores em sala de aula e chegando aos “doutores” em Economia através do jornalismo, o povo vai se danar. Já nem falo nos governos historicamente burlescos que o Brasil elege de tempos em tempos… Qual foi o governo que investiu pesado, pesado, eu disse, em educação e saúde? E quem precisa dessa saúde e dessa educação são os pobres, os ricos fecham suas janelas na cara dos transeuntes da vida: os pobres… Faz pouco li uma manchete que me deixou furioso, a manchete dizia – “Superlotação nos leitos de UTI em Santa Catarina em meio às doenças respiratórias”. Superlotação? Faltou dizer, superlotação para os pobres, para os endinheirados sempre há uma “vaguinha” casual… E isso sem falar que rico não fica em fila de espera por doação de órgãos. Nem me peça nomes de ricos ou famosos que passaram por essa, nem me pergunte, ficaria constrangido… Vem dessas verdades “brasileiras” a importância de aulas, comentários e tudo o que for possível sobre os necessários incentivos para que o povo mais carente financeiramente faça, comece a fazer poupança. O dinheiro que for possível, poupança. O que mais ouço é gente dizendo que está guardando dinheiro para uma viagem, aquela viagem dos sonhos. Sim, vá lá, um sonho, porém o dinheirinho da poupança para as inevitáveis surpresas da vida precisa estar bem guardado. Nada pior que uma tempestade na vida e a pessoa não ter recursos para enfrentá-la nem a quem pedir socorro. Sabemos disso, ô… Que os “doutores” em Economia usem melhor seus espaços na imprensa para alertar, incentivar e ensinar o povo sobre as grandezas de poupar, ter uma poupança. Toda esta prosa sem falar nas pessoas com câncer já diagnosticado e que não tem data marcada no SUS para tratamento… Pessoas pobres, é claro.

CLAREZA

Quem lê sabe, quem lê jornal sabe mais… Acabei de ler num jornal de São Paulo uma beleza de idéia, da colunista Lygia Maria. Ela dizia que – “A imprensa é fundamental para a democracia porque sua função não é defender governos, mas escrutiná-los e fornecer informações baseadas em evidências para a população… Quando desvirtua sua função, perde credibilidade”. Lygia roubo tuas palavras. É isso mesmo, não podemos – não devemos – ter predileções políticas publicadas.

GOOOLL

Sobre essa nota a respeito dos eventuais vieses políticos da imprensa, lembro-me dos meus tempos de narrador de futebol no Rio Grande do Sul. No RS o sujeito é gremista ou colorado. Se for de um lado, será detestado pelo outro. O que fiz como narrador? Sou colorado e por isso gritava os gols do Grêmio de modo histérico, ninguém me podia rotular de colorado. Eu queria audiência, a rádio também. Fui virtuoso? Não, fui “administrador”…

FALTA DIZER

Desaforo. Ouvi uns enganadores do povo defendendo “religiosos” safados que prometem curar cânceres e moléstias de todo tipo. Os mesmos idiotas que criticam as ações das “benzedeiras”. As benzedeiras não prometem nada nem tiram dinheiro dos “otários”… São discretas e honestas.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.