Essa vantagem causará inveja aos novatos hiper conectados. Mas não há o que fazer. Tchau anonimato e privacidade para vocês…rs.
A grande vantagem de ter vivido nos anos 70, 80 e 90 é que as provas das nossas farras aventureiras das madrugadas se perderam no tempo, como um VHS apagado pela mãe para gravar novela.
Namorar três pessoas na mesma rua? Fácil! Bastava marcar os encontros em dias alternados e torcer para que ninguém fosse fofoqueiro o suficiente para dedurar. Mas se alguém dedurava, era só dizer: cadê a prova? Deve ter sido meu (minha) sósia, ou irmão (a) gêmeo (a). E seguia-se a vida como um galã, ou uma gala, de novela mexicana.
E as escapadas e serenatas? Você sumia por dias e voltava com uma história de que estava “ajudando um primo (a) distante a construir uma casa no interior”. Ninguém checava. Não havia Google Maps, não havia GPS, não havia “cadê você?” a cada cinco minutos. Era só você, sua cara de pau e um álibi improvisado.
Festas eram território livre. As fotos só existiam se alguém tivesse uma câmera com filme (e coragem de gastar um rolo inteiro, e depois gastar para revelar). Hoje em dia, um deslize vira meme em cinco minutos, e de alcance mundial. Na nossa época, até a foto do casal era embaçada.
E o auge da tecnologia da trapaça? O “telefone ocupado”. Bastava deixar o gancho fora do lugar que ninguém ligava para sua casa. “Ah, deve estar conversando com a avó” – quando, na verdade, você estava é fugindo do rebu!
Resumo da ópera: aposentadoria é ótima, mas a maior vantagem mesmo é poder rir das próprias peripécias sem medo de viralizar. Porque, graças a Deus, a única coisa que registrava nossas loucuras era a nossa memória… e ela, convenhamos, já está cheia de “apagões” convenientes! Kkkk