O futebol brasileiro, outrora sinônimo de arte, paixão e identidade nacional, degenerou-se em um jogo de interesses escusos, onde as casas de apostas (Bets) e o mal-afamado VAR, ditam os rumos do esporte. O que era campo de talentos virou um cassino a céu aberto, um esquema bilionário que corrói a credibilidade do futebol, transformando-o numa máquina de lavar dinheiro e manipulação.
Não é mais sobre técnica, tradição ou torcida. É sobre odd, sobre lucro ilegítimo, sobre circo mambembe, sobre esquemas que se aproveitam da ingenuidade do torcedor cego de paixão. Jogadores suspeitos de manipulação, árbitros com decisões inexplicáveis, clubes endividados vendendo suas camisas para empresas de apostas como se fossem bibelôs. O futebol virou um produto descartável, onde o resultado muitas vezes é combinado antes mesmo da bola rolar.
As Bets, além de patrocinarem times endinheirados, dominam o espetáculo e os resultados. Suas marcas estampam cada centímetro do jogo, enquanto histórias de apostadores perdendo fortunas e atletas envolvidos em esquemas de manipulação se multiplicam, mas continuam em campo, faturando. Diante de tamanha clarividência, já é possível, nas primeiras rodadas do campeonato, apostar quem será o campeão, com probabilidade de erro quase nula. Onde está o respeito pelo torcedor, que paga caro por um ingresso para assistir a um jogo que, na maioria dos casos, já tem seu destino traçado nos bastidores?
O pior é a naturalização dessa podridão. Aceitamos que times inteiros sejam reféns de empresas de apostas e de patrocinadores, que estádios virem palcos de propaganda predatória, que o futebol perca sua alma para virar um jogo de azar. Enquanto a CBF e os clubes se curvam ao dinheiro fácil e ilícito, a torcida, otária, é obrigada a engolir um esporte cada vez mais fake.
O futebol brasileiro está mais desacreditado que a política, e não é por acidente. É por conivência. Se não reagirmos, em breve não restará nada além de um esporte vazio, onde o placar não se decide no gramado, mas nos escritórios das casas de apostas. Uma vergonha que enterra o legado de Pelé, Garrincha e tantos outros que fizeram do futebol uma expressão de orgulho nacional. Agora, é só mais um negócio sujo. Um retrato fiel do Brasil… Como bem sustenta um visionário CEO jaraguaense: “no Brasil, quando tem lata falta M, e quando tem M, falta lata”.