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Traumatismo cranioencefálico causou morte de criança jogada pelo pai da ponte

Foto: Reprodução Redes Sociais

Por: Claudio Costa

17/04/2025 - 06:04 - Atualizada em: 17/04/2025 - 06:31

O laudo da necropsia de Théo Ricardo Ferreira Felber, de cinco anos, diz que a causa da morte da criança jogada da ponte pelo pai Tiago Ricardo Felber, de 40, foi traumatismo cranioencefálico.

O crime aconteceu no dia 25 de março em São Gabriel, no estado do Rio Grande do Sul. A criança não resistiu aos ferimentos e morreu.

A informação do laudo foi confirmada pelo delegado Daniel Severo, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

Além disso, foram constatadas lesões em volta do pescoço, compatíveis com esganadura, mas que eram mais antigas e não tiveram relação com o óbito.

No entanto, a informação confirma a investigação até agora adotada pela Polícia Civl, que aponta para uma tentativa de homicídio anterior ao assassinato.

Ao Portal RIC.com.br, Severo disse que o Instituto-Geral de Perícias concluiu também laudo referente à perícia realizada na residência onde pai e filho passaram a noite anterior ao homicídio de Theo.

Segundo o relato do pai, foi nesse local que ele tentou matar a criança por estrangulamento.

A perícia teve como foco identificar vestígios de sangue humano no imóvel. De acordo com o laudo finalizado, nenhum resquício de sangue foi localizado no local.

O delegado informou ao portal GZH que Tiago Ricardo Felber não jogou o corpo morto do filho da ponte, como era especulado.

Após análise de imagens de câmeras de segurança, foi averiguado que Théo morreu ao ser jogado da ponte.

Anteriormente, o homem já havia dito que não matou o filho antes de jogá-lo da ponte, por mais que tenha tentado o asfixiar um dia antes do crime.

Entretanto, a polícia ainda não sabe se Théo morreu afogado ou devido à queda.

Conforme o relato de Abigal Luisa Ferreira Felber, mãe de Théo e ex-esposa de Tiago, o homem que jogou o filho da ponte era um bom pai.

Ela relatou que não acreditou quando recebeu a mensagem do ex-marido contando sobre o crime.

Além disso, Abigail se pronunciou sobre a informação de que Tiago havia feito ameaças sobre ela para outros parentes.

De acordo com a mãe, ela só ficou sabendo que era ameaçada após o filho ser jogado da ponte pelo pai e que os demais familiares não acreditavam nas palavras do ex-companheiro.

Conforme a Polícia Civil relatou à CNN, o plano original de Tiago não era matar Théo.

À polícia, o homem relatou que seu “plano A” era matar a ex-mulher, mãe do menino, e “todos os seus namorados”.

Entretanto, como não conseguiu realizar seu plano, optou por assassinar o filho.

Contudo, jogar o filho da ponte também não foi a ideia original do pai.

De acordo com Tiago, ele havia tentado asfixiar o garoto no dia anterior, mas não conseguiu.

Théo teria se debatido durante a agressão, fazendo o homem mudar de ideia.

Como o menino ficou com “olhos vermelhos” e “muitos hematomas da agressão”, ele decidiu atirar o menino de cima da ponte para esconder as marcas do que havia feito.

Por fim, o pai relatou em depoimento que não se arrependeu de matar o filho ao jogá-lo da ponte.

Ele relatou que matou Théo como “vingança” contra a ex-mulher, e espera que ela “pague”.

“A mãe dele tem que pagar um pouquinho para depois eu me arrepender”, afirmou.

Após matar o próprio filho, Tiago teria mandando uma mensagem de áudio confessando.

“Fiz uma loucurinha”, disse Tiago na mensagem. “Aguenta o coração para o resto da vida, atirei o Théo ‘debaixo’ da ponte agora”, escreveu.

Tiago Ricardo Felber foi transferido de prisão no dia 28 de março. Até essa data, o homem estava detido no Presídio Estadual de São Gabriel.

De acordo com o relato do advogado de defesa Ricardo Leite ao portal GZH, a prisão onde o homem estava não tinha condições de garantir sua segurança.

Por isso, a defesa optou por manter o novo destino do pai que jogou o filho da ponte um segredo.

Além disso, a Polícia Penal também afirmou que não iria divulgar o local de transferência, mas garantiu que ele continua no estado do Rio Grande do Sul.

*Com informações de RIC.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, perícia criminal, marketing digital, em inteligência artificial e pós-graduando em gestão de equipes.