A instabilidade política tomou conta da Câmara de Vereadores de Florianópolis nesta semana, evidenciando um racha na base de apoio do prefeito Topázio Neto (PSD). A segunda votação do projeto de lei que proíbe o uso de caixas de som nas praias da capital catarinense foi adiada por falta de quórum na sessão de segunda-feira (14).
A ausência de vereadores que integram a base do governo municipal foi vista como um recado claro. Nos bastidores, parlamentares relatam descontentamento com a condução política de Topázio, especialmente em relação à articulação da candidatura a deputado estadual do seu chefe de gabinete, Fábio Botelho
O projeto de lei, de autoria do vereador Maryanne Mattos (PL), teve sua primeira votação aprovada na semana anterior, gerando expectativa para uma rápida confirmação em segundo turno. No entanto, sem o número suficiente para deliberação, a proposta foi adiada e expôs publicamente a desorganização da base.
“Essa ausência é simbólica. Não é apenas uma coincidência. Há insatisfação sendo demonstrada por meio do esvaziamento das sessões”, afirmou um vereador sob condição de anonimato.
O projeto deve retornar à pauta nesta quarta-feira (16). A Câmara, no entanto, continua sendo palco de disputas silenciosas que tendem a se intensificar à medida que o calendário eleitoral avança.