Houve um tempo em que o futebol brasileiro era sinônimo de magia. Os times enchiam os olhos, os craques inventavam jogadas, e a camisa amarelica era vestida com orgulho, não como um fardo. Hoje, o que resta é um esqueleto do que já foi: um futebol burocrático, sem identidade, que apenas cria jovens promessas para serem vendidas à Europa antes mesmo de amadurecerem.
O Brasil virou uma linha de montagem. Os clubes, falidos e mal administrados, não pensam em títulos, mas em lucrar com vendas. Os técnicos, em sua maioria, são medíocres repetidores de esquemas ultrapassados, enquanto na Europa a evolução tática é constante. Aqui, ainda se acredita no “jeitinho”, no talento individual salvando time mal treinado. Lá, os jogadores brasileiros chegam e aprendem a ser profissionais de verdade.
E o pior? A seleção, outrora temida, hoje é uma equipe sem alma. Joga sem convicção, sem estilo, copiando mal o que os europeus fazem bem. Os grandes nomes surgem, brilham no exterior, e quando vestem a amarelinha, parecem perdidos, como se o Brasil já não soubesse mais o que fazer com seu próprio futebol.
Enquanto isso, os torcedores se contentam com migalhas e batalhas campais: um gol bonito de vez em quando, um garoto que desponta e é vendido por milhões. O futebol brasileiro já foi arte. Hoje, é apenas negócio. E um péssimo espetáculo. Uma fábrica de talentos que esqueceu de jogar.