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Você sabia? O ufanismo, essa exaltação entorpecida e irracional da pátria, é um…

Foto: OCP News

Por: OCP News Jaraguá do Sul

11/04/2025 - 15:04 - Atualizada em: 11/04/2025 - 15:06

Qualquer indivíduo que sente a necessidade de declarar “EU TE AMO MEU PAÍS”, na mídia, está, na essência, manifestando um patriotismo pervertido em fanatismo mórbido. Transforma o amor à terra natal em uma idolatria perigosa, que justifica atrocidades em nome de uma suposta grandeza nacional. A história já demonstrou como essa devoção cega alimentou regimes totalitários, ditaduras psicopatas e guerras de extermínio. Quando o orgulho nacional vira dogma, a crítica vira traição, e o dissenso, crime.

Essa mentalidade medieval, que enxerga a nação como um corpo puro a ser defendido de imaginários “inimigos internos”, ecoa os piores capítulos da humanidade. O ufanista não enxerga falhas, só ódio ao contraditório; não considera polidez nas relações pessoais, só controle e domínio; não vê desigualdades, apenas “ameaças”. Seu nacionalismo é uma fé primitiva, que substitui a razão pelo fervor emocional, criando massas medrosas e obedientes a líderes que se autoproclamam encarnações da vontade nacional.

Nesse culto à símbolos e bandeiras, a realidade é sacrificada no altar do “deus ditador” a ser enterrado em caixão de ouro. Problemas sociais são negados, críticos são silenciados, artes, literatura e educação renegadas e a história é reescrita para glorificar um passado que nunca mais caberá. O ufanismo é, no fundo, uma mascara ou fuga da complexidade, ou seja, prefere-se a ilusão da grandeza ao trabalho humilde, real e sadio de construir um país justo.

Pátria não é um símbolo vazio, mas o povo real, com suas lutas, histórias e diversidades. Patriotismo verdadeiro não celebra cegamente, mas cobra justiça; não venera governantes, mas exige direitos. Enquanto o ufanismo adormece consciências, o autêntico amor à nação desperta para a luta — porque o país que não enxerga seus erros está fadado a repeti-los, eternamente preso ao ciclo do atraso, fazendo imperar o obscurantismo travestido de ordem e progresso.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação