Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Educação, é um dos 4.929 municípios brasileiros que aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado, ligado ao Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos. A iniciativa é uma política pública construída de forma colaborativa pelo Ministério da Educação (MEC) com os governos municipais e estaduais.
O Pacto reúne ações que visam superar o analfabetismo e elevar a escolaridade, ampliando a oferta de matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) nos sistemas públicos de ensino, além de aumentar a oferta da EJA integrada à educação profissional. Em Jaraguá do Sul, o programa está com matrículas abertas para o Ensino Fundamental (da alfabetização ao 9º ano) e Ensino Médio.
A idade mínima para participar é 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 anos para o Ensino Médio. Os interessados em fazer a matrícula devem procurar o Ceja, que fica na Rua João Januário Ayroso, 115, Bairro Jaraguá Esquerdo, com seus documentos pessoais e, se tiverem, o histórico escolar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone/WhatsApp (47) 3276-9434.

Atualmente, 1.110 alunos frequentam o Ceja em Jaraguá do Sul, Guaramirim e Corupá | Foto: Divulgação
Unidades descentralizadas
De acordo com a diretora do Ceja, Adriana Weiss, atualmente 1.110 alunos frequentam as aulas, distribuídos entre a unidade central, no Bairro Jaraguá Esquerdo, unidades descentralizadas de Guaramirim e Corupá, unidade descentralizada do presídio regional de Jaraguá do Sul e na extensão da Escola de Ensino Básico Elza Granzotto Ferraz, no Bairro Santa Luzia. “A maior parte dos alunos têm idades entre 18 e 24 anos, mas temos alunos entre 15 e 73 anos”, informa.

Idades dos alunos variam de 15 a 73 anos | Foto: Divulgação
Taxas de analfabetismo em Jaraguá do Sul, no estado e no Brasil
Segundo o censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Jaraguá do Sul tem 2.124 pessoas com mais de 15 anos não alfabetizadas, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 1,4%. Ainda de acordo com o IBGE, em Santa Catarina apenas 2,67% dos habitantes acima de 15 anos ou mais não sabem ler e escrever, o que significa que, em 2022, dos 6,2 milhões de catarinenses de 15 anos ou mais, 6,02 milhões eram alfabetizados e 165,2 mil eram analfabetos. Em comparação ao Censo 2010, a taxa de analfabetismo no estado diminuiu 1,7 ponto percentual. Em números absolutos, a redução foi de 37.266 pessoas analfabetas no período entre 2010 e 2022.
O estado ainda tem a cidade do país com menor taxa de analfabetismo: a pequena São João do Oeste, com 99,1% de alfabetizados e somente 0,9% dos 6.295 habitantes sem saber ler e escrever. Além disso, dos 10 municípios brasileiros com a menor taxa de analfabetismo, quatro são catarinenses (São João do Oeste, Balneário Camboriú, Florianópolis e Blumenau). Florianópolis é a capital brasileira com a menor taxa de analfabetismo (1,4%) e também lidera o ranking na comparação com as cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes.
Ainda conforme o IBGE, em 2022 havia 11,4 milhões de analfabetos no Brasil, o que corresponde a 7% da população com 15 anos ou mais.
Analfabetismo funcional
Além do analfabetismo (não saber ler e escrever), há também o analfabetismo funcional, que atinge cerca de 1/3 dos brasileiros. O analfabetismo funcional é quando a pessoa sabe reconhecer letras e números, mas não consegue compreender textos simples ou realizar operações matemáticas.
- A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 9,6% em 2010 para 7,0% em 2022.
- A taxa de analfabetismo é maior entre as pessoas negras e pardas do que entre as brancas.
- A taxa de analfabetismo é maior nos municípios com menos habitantes.
- A taxa de analfabetismo no Nordeste é o dobro da média nacional.
- A taxa de analfabetismo é maior entre as pessoas com 65 anos ou mais.